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OPINIÃO

Lei eleitoral proíbe a realização de enquetes


Os eleitores saltenses sempre aguardavam com expectativa a realização por este jornal de levantamentos de opinião pública sobre as possibilidades dos candidatos a prefeito nas eleições municipais, o que ocorria porque o índice de acerto sempre foi muito alto (98,4%). A partir do último dia 20, porém está proibida a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral das Eleições 2016. Assim, infelizmente, no pleito deste ano os eleitores de Salto estarão privados de um indicador seguro e confiável sobre as possibilidades dos candidatos a prefeito, o que serviria também de base para eles direcionarem suas campanhas. Se fizéssemos a enquete, seríamos penalizados com uma multa que varia de R$ 53 a R$ 106 mil. Existe a possibilidade deste jornal contratar uma pesquisa junto a uma empresa especializada, mas isso está sendo estudado, pois há o risco dela não adotar os mesmos critérios que temos utilizado e nossa credibilidade ser afetada.

Das 8 consultas eleitorais que fizemos, em apenas duas ocasiões não houve indicações precisas porque dois candidatos estavam empatados tecnicamente e isso foi ressaltado antes do pleito. Aconteceu em 1982, quando realizamos uma pesquisa pela primeira vez e apontamos o candidato Eugênio Coltro com 31,59% e ele teve 32,13 (variação de apenas 0,54%) e Pilzio N. Di Lelli, que aparecia com 31,04%, conseguiu 34,70 (variação de 3,66%). Na outra vez, José Carlos Rodrigues da Rocha aparecia com 20,90% e alcançou 22,60% e João Conti, que tinha 19,60% atingiu surpreendentes 27,00%, mas deve-se levar em conta que nessa eleição (1996) a última pesquisa foi feita vários dias antes das eleições.

Até as eleições de 2000 nós dávamos o nome de “pesquisa” para os levantamentos de opinião pública, mas a partir de 2004 a lei eleitoral passou a permitir apenas enquetes, que eram um mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utilizava método científico para sua realização, dependendo apenas da participação espontânea dos interessados. Tanto as pesquisas como as enquetes eram respeitadas pelos eleitores, que confiavam em nosso trabalho, cujo objetivo era indicar uma situação real, sem beneficiar este ou aquele, pois se agíssemos com má fé perderíamos a credibilidade que conquistamos com uma atuação sempre honesta e correta. Por outro lado, tanto as pesquisas como as enquetes eram odiadas por aqueles que não apareciam nos primeiros postos e que faziam de tudo para impedir a divulgação, pois isso poderia influenciar nas votações. As ações eram as mais incríveis e absurdas e procuravam também nos prejudicar, propondo até mesmo a aplicação de multas, o que não se concretizou, pois a razão esteve sempre ao nosso lado.

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