QUEM FOI QUEM
Justino Costa Pinto foi fundador de jornal, lançador de impostos e vereador
Apesar de ter vivido apenas 55 anos, Justino Costa Pinto teve uma vida intensa, militando em várias e diferentes empresas, onde exerceu diversas funções. Ele nasceu em Salto em 1º de agosto de 1906, cursando as escolas isoladas (fora da área urbana) e o Grupo Escolar Tancredo do Amaral (atual Escola Estadual). Seu primeiro emprego foi no Escritório da Brasital, onde trabalhou até 1925. Depois foi sócio da Padaria do Zapola, na esquina da Rua 23 de Maio com a Rua Monsenhor Couto, antes da padaria passar para a família Bethiol. Teve um bar na esquina da Rua 9 de Julho com Quintino Bocaiúva até 1929, quando ingressou no funcionalismo público municipal até 1952, quando se aposentou como lançador de impostos.
No mesmo ano de 1925 foi um dos fundadores do jornal “O Serrote”, que apesar do nome e de se considerar “crítico e humorístico” era também sério. Além dele, aparecem na foto: Fadha Badra, Custódio Guimarães, Henrique Tatângelo, Mário Cassamatta, Luiz Pinheiro e irmãos Morato. No período em que atuou na Prefeitura, Justino foi sócio de um escritório de contabilidade e ainda proprietário de uma outra padaria, a “Primavera”, que pertenceu a João Duarte e se localizava na esquina da 23 de Maio com Rui Barbosa.
Como funcionário municipal, além de lançador de impostos, também deu grande impulso a um trabalho que acontecia na cidade: a troca de numeração das casas e de outros imóveis e a colocação de novas placas. Antes as vias públicas saltenses tinham números ímpares seguidos, de um lado (1, 3, 5, 7, etc.) e números ímpares do outro (2, 4, 6, 8, etc.).
O trabalho foi demorado, pois tiveram que ser medidas as frentes de todos os imóveis de todas as vias, passando a ser numerados de acordo com a distância que tinham a partir das margens dos rios Jundiaí e Tietê, o que é seguido até os nossos dias.
Além da passagem por várias atividades, foi integrante do Conselho Municipal Geográfico, no qual tomou posse em 10 de outubro de 1938. Também foi membro da Comissão Municipal de Esportes e da diretoria do Guarani Saltense A.C.
Antes da redemocratização do país em 1948, foi eleito suplente à Câmara Municipal de Salto, tomando posse no cargo de vereador em 28 de maio de 1936, renunciando em novembro do mesmo ano.
Família e homenagem – Justino casou-se em 29 de setembro de 1929 com Rita Pasqualini. Faleceu aos 55 anos de idade em 16 de junho de 1962.
Por sugestão da Comissão de Nomenclatura, foi homenageado pela Câmara e pela Prefeitura de Salto, sendo seu nome dado a uma das ruas que começa na Rua Tiradentes e termina na Vila Flora.
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