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OPINIÃO

Por essa Juvenil não esperava


O prefeito Juvenil Cirelli, assim como o ex-prefeito Geraldo Garcia, realizaram várias pesquisas eleitorais que não foram divulgadas, pois visavam apenas saber como estavam suas situações junto ao eleitorado saltense. Geraldo, por exemplo, sabia que iria conseguir mais de 40% dos votos e um dos seus principais assessores chegou a nos garantir que atingiria 51 por cento, acertando “na mosca”. Um assessor de Juvenil, por sua vez, nos informou na véspera do pleito que a última pesquisa tinha marcado 27% para Geraldo e 21% para o atual prefeito, em votos totais, o que equivaleria, se fossem levados em consideração os votos válidos, a mais de 40% para Geraldo e a cerca de 30% para Juvenil. Este tinha consciência que seria muito difícil bater o ex-prefeito, mas confiava que os problemas que ele enfrentava na Justiça o tirariam da disputa e isso lhe abriria caminho para uma possível vitória.

O resultado do pleito deve ter provocado uma tremenda decepção para Juvenil, que jamais imaginaria que um candidato que aparecia nas pesquisas como 4º colocado [Laerte], iria passar à sua frente e ele ocuparia apenas o 3º posto. Por essa o prefeito atual certamente não esperava, mas não foi a razão de sua declaração, logo após as eleições, de que não será mais candidato a nada, pois ele já tinha revelado essa pretensão na entrevista que concedeu à TV Taperá antes de 2 de outubro. Juvenil entendia que realizava um bom trabalho, pois executara obras importantes que a seu ver mereceriam dos saltenses uma apreciação favorável, podendo se destacar sua atuação no setor de abastecimento de água, pois aumentou a capacidade da barragem do Piraí e também da Estação de Tratamento de Água do Bela Vista; asfaltou diversas vias públicas, inclusive do centro da cidade; fez várias parcerias que beneficiaram consideravelmente a cidade; atraiu um bom número de novas empresas graças à boa atuação de sua secretária do Desenvolvimento Econômico; instituiu o cartão para a venda de material escolar; procurou enfrentar o problema da poluição no Rio Tietê, retirando o lixo acumulado; beneficiou os servidores com o Cartão Servidor, concedendo-lhes também bons reajustes; implantou os editais públicos na Cultura, etc. Existem os que poderão contestar algumas dessas suas ações, achando que ele teria que dividir os méritos ou que sua atuação não foi tão decisiva. Poder-se-ia acrescentar a Ponte Estaiada nessa relação, o que não fizemos porque, na verdade, quem conseguiu os 24 milhões para a obra foi seu antecessor. Juvenil apenas fez a parte que lhe cabia como chefe do Executivo local, embora antecipadamente fizesse restrições a um gasto tão vultoso, que achava poder aplicar em outras obras turísticas, o que certamente não poderia ocorrer, pois ela foi destinada exclusivamente para a ponte.

Finalizando: Juvenil entende que fez um bom governo e por isso, apesar de todas as indicações mostradas pelas pesquisas, ele acabou tendo uma decepção muito grande, assim como aqueles que aprovam sua administração. Se realmente não for mais candidato, é uma forma melancólica de encerrar uma carreira marcada por sucessos e insucessos em seus muitos anos como político.

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