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OPINIÃO

Em defesa da imprensa e empresas saltenses


Embora circule também em Itu e Indaiatuba, o jornal Taperá procura sempre defender os interesses maiores de nossa cidade, o que os jornais dos dois municípios vizinhos também fazem, atitude que temos que respeitar. Por isso não aceitamos quando são prejudicadas entidades, empresas, pessoas, etc. locais. Um caso ocorrido nos últimos dias serve de exemplo para nossas considerações e envolve a imprensa local ou mais especificamente este órgão de imprensa. Há muitos anos, praticamente desde o governo do professor Joseano Costa Pinto, no final da década de 1960, publicamos os atos oficiais da Prefeitura e Câmara Municipal, dividindo essa incumbência apenas num período, quando ainda circulava o jornal O Trabalhador. Atendendo a um pedido do saudoso Ettore Liberalesso, que militava nesse semanário, aceitamos apresentar o mesmo preço numa licitação, na época em que Josias Costa Pinto governava Salto (década de 1970), pois nosso confrade passava por uma situação financeira difícil e havia a possibilidade de divisão das publicações. Também colaboramos com o falecido Roberto Soleira, no governo Coltro (final da década de 1980 e início da de 1980), repassando-lhe anúncios da Prefeitura, autorizados pelo prefeito. Isso prova que nunca procuramos apenas nos beneficiar, ignorando aqueles que, como nós, lutavam para se manter. Nos anos que se seguiram sempre participamos das licitações realizadas, cujos efeitos duravam em média 5 anos, não só porque apresentávamos bons preços, mas também porque era levado em conta o fato de sermos o jornal de maior circulação na cidade e também porque circulamos duas vezes por semana, o que dá ensejo para que o Poder Público não perdesse prazos determinados pela legislação. No atual governo municipal, porém, isso não tem sido levado em conta e neste ano tivemos uma disputa difícil com um jornal da capital (Gazeta de S. Paulo), cujo processo ainda corre na Justiça local e mais recentemente numa consulta sobre preços, que fomos preteridos sem que o fato de nossa maior circulação e 2 edições por semana fossem considerados (o preço que propusemos foi apenas alguns centavos inferior ao jornal ganhador, o Novo Contexto de Itu). Nessas disputas não estamos apenas defendendo os interesses deste jornal, mas também da imprensa saltense e das empresas locais, como um todo. Sempre fizemos isso, inclusive nos manifestando contra a criação de uma imprensa oficial, coisa que Juvenil (reconheça-se) também não cogitou. O Taperá tem quase 30 funcionários registrados, mais cerca de 25 temporários (entregadores das edições e responsáveis pela circulação); recolhe seus impostos e taxas na cidade, pagando em dia tanto os colaboradores como os tributos. No entanto, a administração Juvenil Cirelli decidiu optar por um jornal de Itu, com pouca circulação na cidade, o qual, registre-se não tem culpa de estar sendo envolvido, pois foi um dos jornais consultados e apresentou seu preço. O erro foi da Prefeitura de Salto (leia-se Secretaria da Administração) por não ter necessidade de consultar os 2 jornais de Itu, mas apenas os 3 de Salto, conforme lhe faculta a lei. Agora os pagamentos pela publicação dos atos oficiais irão para a vizinha cidade, enquanto este jornal vai ter que se adaptar a essa queda de faturamento, evidentemente reduzindo seus custos, inclusive dispensando funcionários (o jornal de Itu, possivelmente vai ter que contratar mais gente). Surge, então a dúvida se o que apregoa a atual administração (privilegiar as empresas saltenses), não é uma promessa nem sempre cumprida.

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