POLÍTICA SALTENSE
Na volta de Jesuíno à Prefeitura,
uma nova imagem é construída
Depois de ficar afastado durante 4 anos da Prefeitura, Jesuíno voltou a ocupar o cargo de prefeito em 1977 e uma de suas primeiras atitudes foi a de providenciar a construção de uma nova imagem da Padroeira.
Foi formada uma comissão para acompanhar a construção, integrada por Genésio Migliori, Alcides Victorino de Almeida, Oscar Sakanoue e Alberto André Ferrari, sendo também realizados os procedimentos para contratar uma empresa especializada.
Um novo local foi escolhido, num terreno das Lavras, doado pela família Ferrari e um arquiteto de Guaçuí, Espírito Santo, Antonio Francisco Moreira (foto), foi contratado. No início de 1979 as obras foram iniciadas e a construção era acompanhada com atenção não só pelos políticos locais, mas também por toda a população, pois havia o risco de a nova imagem não ser aprovada, como não o foi a primeira. Vereadores da oposição começaram a criticar, dentre eles Nelson Mosca, que achou a imagem “carnavalesca”, parecida com Carmen Miranda, sugerindo que fosse colocada uma cesta de bananas sobre sua cabeça.
O repórter de um jornal de Campinas entrevistou Jesuíno e perguntou-lhe se as feições da nova imagem (foto) eram parecidas com as de sua mulher, ao que o prefeito respondeu: “É parecida com a mãe de quem falou”, mostrando-se bastante irritado com a pergunta e com as avaliações que faziam do monumento.
Em 21 de dezembro de 1980, dias antes de deixar a Prefeitura, o prefeito Jesuíno inaugurava a nova imagem, com uma grande festividade. Mais uma vez o padre Mário Negro não comparecia para proceder a bênção, tendo sido convidado a fazê-lo o padre Antonio Spoladori, que era saltense, não atuava em Salto, mas era amigo de Jesuíno. Ele chegou à praça fronteiriça ao monumento no Landau que havia transportado o Papa em sua visita a São Paulo, cedido pela Ford.