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POLÍTICA SALTENSE

O sucesso do arrojado vereador Joãozinho

Existem pessoas que alcançam sucesso na vida graças ao seu arrojo e João Rodrigues da Cruz (foto) serve como bom exemplo. Conhecido por todos como Joãozinho, pelo fato de não ter boa estatura, fazia amigos com facilidade, era uma pessoa simples e talvez por isso tenha sido eleito vereador em 1982, com 585 votos, ficando à frente de diversos candidatos “com maior nome”.

Na Câmara já demonstrava que apesar de sua inexperiência política, pois era novato nessa atividade, tinha algumas boas ideias, e embora tivesse sido eleito pelo PMDB, às vezes discordava do posicionamento do partido, pois tinha suas próprias ideias. Chegou a ter discussões acaloradas com companheiros partidários, como uma que foi das mais sérias, com a vereadora Rosi Mari Aparecida Ferrari, que também não era daquelas que aceitava tudo pacificamente.

Joãozinho era uma pessoa que todos imaginavam fosse daqueles que não tinham maiores pretensões na vida, mas isso não se comprovou. Em 1986, quando já tinha cumprido quase 3 anos de mandato, solicitou licença por 30 dias da Câmara, pois tinha conseguido uma viagem para a Europa, mais especificamente para Londres, Inglaterra. Essa viagem lhe foi oferecida pela Angloschool, que encaminhava estudantes para cursos de Inglês, Fotografia, Eletricidade e outros.

Ao regressar dessa viagem, não se sabe como (e ele não explicava), programou outras para o exterior e sempre solicitava licenças da Câmara, que lhe eram concedidas, pois durante os períodos de ausência deixava de receber os subsídios.

Numa das viagens mais longas, ele apareceu um dia dizendo que tinha feito um tour pela Europa, viajando até para o Oriente, tendo conhecido várias cidades como Jerusalém, em Israel. Perguntado como financiava tantos passeios, ele desconversava, só dizendo que tinha ido sem dinheiro, só com a cara e a coragem.

Após deixar a Câmara em 1986, no final do mandato, ele novamente viajou, desta vez permanecendo muito tempo fora do Brasil. Um dia encontrei com ele e perguntei-lhe onde estava e o que fazia. Informou que se estabelecera nos Estados Unidos, num bairro próximo a Manhattan, Nova Iorque, casara-se com uma brasileira e era proprietário de uma empresa que fazia serviços de reformas em residências, estabelecimentos comerciais, etc. Contava com um bom número de funcionários e faturava bem.

De vez em quando ele vem para Salto encontrar-se com seus familiares, com o amigo Luizinho e outros, aqui permanecendo alguns dias para matar saudades. Depois regressa para os Estados Unidos, onde vive sua vida, certamente relembrando as dificuldades que enfrentou, mas que superou com seu arrojo e perseverança.

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