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OPINIÃO

Na posse, pareciam amigos


Quem acompanhou as disputas judiciais entre Juvenil e Geraldo ocorridas antes e depois das eleições de outubro de 2016, notou que da parte do primeiro havia uma ação sem tréguas para tirar o segundo da disputa. As tentativas começaram em Salto, prosseguiram em São Paulo e terminaram em Brasília (falta só recorrer ao Vaticano e à ONU), barreiras pelas quais passou o prefeito eleito, que pôde tomar posse no último dia 1º. A expectativa era de como seria o comportamento de Juvenil diante de Geraldo na transmissão de cargo. É que eles foram amigos (pelo menos aparentemente) e formaram uma dobradinha de 2005 a 2012, mas que no decorrer do último ano foram rompidos os laços políticos e pessoais, sobrando muito ressentimento por parte de Juvenil. Aconteceu algo que alguns consideravam difícil de ocorrer: no último domingo Juvenil estava aguardando Geraldo na porta de acesso da Prefeitura, com todos os seus secretários e houve cumprimentos e até troca de abraços entre o que saía e o que entrava. Não foi diferente com alguns dos ex-secretários com Geraldo e com vários dos novos ocupantes das secretarias. Parecia que as comemorações de final de ano tinham se estendido para a manhã do dia 1º, tal o clima tranquilo e pacífico que reinou o tempo todo. Quem assistiu se surpreendeu, parecia que estava acompanhando um encontro de velhos amigos e isso foi muito bom, porque ambas as facções mostraram que pelo menos nessa ocasião de festa e confraternização, deixaram de lado rixas anteriores. Nem tanto por parte de Geraldo, que não é daqueles que adotam o revanchismo e gosta de estar bem com todos, inclusive adversários políticos. Juvenil, por outro lado, é mais “durão” e não é dos que dá a outra face para um segundo tapa. Ele levou o primeiro em 2012 e nesses 4 anos só fez procurar a revanche. São comportamentos diferentes que não se pode exigir que tanto um como outro sirvam de modelo de procedimento.

Como será daqui para a frente? Juvenil já disse que não será mais candidato a cargos eletivos, mas que não se afastará da política. Ou seja, poderá continuar atuando como uma espécie de conselheiro ou consultor dos que ocupam esses cargos, no caso os vereadores de sua facção. Quanto a Geraldo, ele é do tipo “bonzinho”, mas já anunciou que irá mostrar como encontrou a Prefeitura e, nesse caso, terá alguns confrontos com Juvenil. Porém esses confrontos, ao contrário do que aconteceu no dia 1º, serão mais de contenda do que de afagos.

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