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POLÍTICA SALTENSE

  • Foto do escritor: Valter Lenzi
    Valter Lenzi
  • 23 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

Os embates Chinchino x Lammoglia

para deputado estadual


No início da década de 1950 havia duas forças políticas na cidade: uma comandada pelo prefeito (1952/1955) Vicente Scivittaro (“Chinchino”) e a outra de oposição ao político que começava a se destacar, ocupando a Prefeitura depois de ter assumido a Câmara por duas vezes, como suplente de vereador, em 1937 e em 1948 (até 1951). Sua primeira eleição para prefeito foi na eleição de 1951, quando venceu o candidato oposicionista Francisco de Arruda Teixeira, por uma diferença de apenas 31 votos.

Naquela época a oposição não tinha quem se destacasse como líder, mas dela faziam parte alguns nomes de realce como João B. Ferrari (Tita, que havia sido prefeito), Mário Dotta, Luiz Milanez, João B. Milioni, Joaquim de Arruda Sontag, Adélio Milioni, Paulo Miranda Campos e outros. Archimedes Lammoglia dava retaguarda a essas pessoas, mas só foi considerado no comando da facção - que inclusive foi rotulada de “lammoglista” - quando entrou verdadeiramente na política, o que aconteceu em 1954, ano em que foi candidato a deputado estadual pelo PRP – Partido de Representação Popular. “Chinchino”, que ocupava o cargo de prefeito, decidiu também sair candidato a deputado (naquela época não havia necessidade de renunciar ou se afastar), mas embora tivesse mais votos que Archimedes em Salto, perdeu na contagem geral (3.264 a 3.160).

Vicente Scivittaro e Archimedes Lammoglia, adversários em 1954 e 1958

A disputa entre ambos voltou a se repetir em 1958 e novamente “Chinchino” venceu em Salto, mas foi derrotado na contagem geral: 9.113 para Archimedes e 6.214 para Scivittaro. Com sua votação, Archimedes conseguiu se eleger deputado pela primeira vez e então consolidou sua atuação como líder. Embora não participasse como candidato das eleições municipais, apoiava os diversos candidatos, conseguindo eleger apenas alguns vereadores, pois os que postulavam o cargo de prefeito foram sempre derrotados pelos indicados por “Chinchino”, o que deixou de acontecer apenas em 1973, quando Josias Costa Pinto, um dos três apoiados por Archimedes e por sua facção, foi eleito para a chefia do Executivo saltense.

“Chinchino” ainda voltou para a Prefeitura em 1960, mas não mais se candidatou a deputado estadual, preferindo apoiar um candidato ituano, Galileu Bicudo, que perdeu para Archimedes, inclusive em Salto.

Archimedes voltaria a se eleger em mais 5 eleições: 1966, 1970, 1974, 1978 e 1982, sendo que em 1986 assumiu como suplente. Nessas eleições a oposição, que passou a ser comandada por Jesuíno Ruy, com o falecimento de Vicente Scivittaro em 1968, Archimedes chegou a ter menos votos que candidatos oposicionistas, apoiados por saltenses, mas no cômputo geral suas votações aumentavam a cada ano.

 
 
 

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