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CAUSOS

  • Foto do escritor: Valter Lenzi
    Valter Lenzi
  • 20 de fev. de 2017
  • 1 min de leitura

Virou pornográfica tabela que anunciava nome de filme


Quando Salto tinha dois e até três cinemas (década de 1950 a 1970), a publicidade anunciando os filmes que seriam exibidos em cada um dos dias da semana era feita em tabelas, em fundo preto com inscrição em tinta branca. Elas eram confeccionadas em placas de zinco, colocadas em esquinas centrais da cidade pela manhã, amarradas em postes, e retiradas à tarde por pessoas contratadas pelos proprietários das casas de exibição.

Alguns gaiatos, principalmente jovens e crianças divertiam-se em apagar letras ou palavras das tabelas, dando um outro significado aos nomes dos filmes. Isso aconteceu, por exemplo, nos anos 1950, no primeiro dia de exibição do filme “Com um pé no Céu” no Cine Rui Barbosa (antecessor do Cine São José) e se constituiu num verdadeiro escândalo na cidade. Alguém teve o capricho de apagar o “é” de Céu, na maioria das tabelas expostas e a repercussão foi enorme, muitos rindo, outros lamentando que um fato como aquele tivesse ocorrido numa área central, bastante movimentada.

O proprietário do cinema, João de Almeida, homem muito religioso, mandou recolher as tabelas e pediu ao Roquinho, encarregado das escritas, que colocasse o nome do filme em letras maiúsculas, carregando na tinta. Mas não adiantou: novamente o “é” de Céu foi apagado. Surgiu, então, uma solução para o problema: as tabelas foram novamente recolhidas e refeito o nome do filme, mas com uma pequena alteração: ao invés de “Com um pé no Céu”, passou a chamar-se “Com um pé no... PARAÍSO”.

 
 
 

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