POLÍTICA SALTENSE
- Valter Lenzi
- 27 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Outra faceta de Ettore Liberalesso: a de político
Aproveitando a realização da Semana Cultural Ettore Liberalesso, que acontece neste mês de março, vamos lembrar nesta seção do blog que fala sobre a política saltense, a atuação desse destacado saltense na política local.

Antes de exercer outras funções na imprensa, na história do município, nas atividades religiosas, esportivas e sociais, Ettore também militou como ativo participante das atividades políticas locais, fazendo parte delas como integrante da Câmara Municipal de Salto. Isso ocorreu na década de 1950, inicialmente como suplente de vereador, tendo assumido de 6 de dezembro de 1954 a 31 de dezembro de 1955. Era inscrito na UDN (União Democrática Nacional) e no ano seguinte reelegeu-se vereador, permanecendo durante mais 4 anos no Legislativo local (de 1º de janeiro de 1956 a 31 de dezembro de 1959).

Permaneceu na UDN até que na Revolução de 31 de Março de 1964 todos os partidos foram extintos, permanecendo apenas dois: Arena (Aliança Renovadora Nacional – partido do governo) e MDB (Movimento Democrático Nacional – partido de oposição). Inscreveu-se na Arena e foi presidente do diretório municipal desse partido em Salto. A Arena teve como sucessor o PDS (Partido Democrático Social), que apresentou seu candidato na primeira eleição presidencial (indireta), realizada em 1985, o ex-governador Paulo Salim Maluf, que disputou com Tancredo Neves.

Para escolher o candidato à Presidência da República os diretórios indicavam dois de seus delegados, que tinham poder de voto. Em Salto os escolhidos foram Ettore e José Maria Servilha. Ambos votaram em Paulo Maluf, pelo fato de ter vindo até Salto a fim de solicitar o apoio de ambos e também porque mantinha na cidade a indústria Eucatex, que dava emprego a muitos trabalhadores. Maluf ficou muito grato a Ettore e Servilha e sempre que vinha até Salto fazia questão de visitá-los.
Posteriormente Ettore se inscreveu num terceiro partido, o PPR (Partido Popular Republicano) em solidariedade a José Edis Volpato, o “Zé Gaúcho”, que não teria recebido o tratamento devido por parte de Paulo Maluf. Permaneceu nesse partido por alguns anos, mas já não tinha ativa atuação política na cidade, pois se dedicava mais a outros afazeres, principalmente a militância no jornal O Trabalhador, juntamente com sua esposa Virgínia. Também se dedicou a registrar a história de Salto em livro, além de outras obras importantes como a sobre as ruas e logradouros públicos de Salto, que mereceram duas edições, uma delas resumindo a biografia dos que foram homenageados com os nomes dados às vias públicas saltenses.
Fica registrado que Ettore, além de suas muitas atividades, foi também um político atuante, o que muitas pessoas desconhecem.