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OPINIÃO

11 vagas: unanimidade não prevista

Segundo as projeções, estimava-se que um número insuficiente de vereadores estava disposto a reduzir o número de vagas na Câmara de 17 para 11. Faltavam alguns votos, pois havia a necessidade de pelo menos 11 a favor, já que essa votação exige aprovação de 2/3 da Câmara (12 vereadores). Apesar das esperanças, a impressão que se tinha é que isso seria muito difícil, pois em torno de 7 tinham se manifestado pela rejeição da proposta de redução. Eles argumentavam, dentre outras coisas, que era muito cedo para tomar uma decisão neste início de mandato, entendendo que isso poderia ser feito no terceiro ou quarto ano da atual legislatura. Para surpresa de muitos, numa ação dos dois petistas (Divaldo Garotinho e Antonio Cordeiro), que levaram em conta a pressão popular, houve um entendimento à última hora, com a desistência de votação contrária, e por unanimidade o projeto de lei reduzindo o número de cadeiras de 17 para 11 foi aprovado. Os que pretendiam divergir devem ter levado em conta também a pressão popular, com a presença de sindicalistas e pessoas do povo, a qual, embora não muito expressiva, atuou decisivamente para que a proposição fosse aprovada. A votação de terça-feira não foi definitiva, pois haverá ainda uma segunda apreciação do projeto, no próximo dia 11 de abril, mas ninguém admite que possa acontecer uma decisão diferente da tomada no último dia 28. Seria o máximo de mau-caratismo e faria com que aqueles que mudarem seus votos caiam em desgraça perante a população. Existe ainda o perigo da decisão tomada vir a ser alterada até as vésperas do próximo pleito municipal, em 2020, mas também nesse caso quem mudar de opinião sofrerá as consequências no julgamento a ser feito nas eleições desse ano. Em virtude de tudo isso, existe cautela, mas por enquanto todos aqueles que pretendiam uma redução do número de cadeiras no Legislativo podem se dar por satisfeitos. Os benefícios dessa decisão surgirão a partir da próxima legislatura, mas, enquanto isso, não podemos deixar de aplaudir todos os 17 vereadores que atenderam à exigência do povo e tomaram a atitude que deles se esperava.

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