OPINIÃO
Outro problema grave: creches
A cidade tem muitos problemas graves, mas um que tem lugar cativo entre eles se relaciona às creches, ou mais especificamente à quantidade das existentes e o número de vagas que oferecem. Tem havido inclusive a intervenção do Ministério Público, que em 2012 firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o então prefeito Geraldo Garcia. Esse termo exigia a implantação de mais 8 creches, mas Geraldo não teve a oportunidade de atender o que ele previa, pois foi o último ano do seu mandato. Iniciou a construção das três primeiras creches das oito (nos bairros Nair Maria, Santa Efigênia e Planalto), mas não teve tempo e condições de concluí-las. Seu sucessor, Juvenil Cirelli, procurou atender a exigência, mas não pôde completá-la até o final do seu mandato, pois em sua gestão o município começou a sentir os efeitos da crise que atingiu o país e faltaram os recursos necessários para completar a tarefa. Mesmo assim ele conseguiu terminar as três creches iniciadas por Geraldo e construiu mais duas, no São Gabriel e a que funciona no CAIC. Iniciou a construção de mais duas, no Icaraí e no Jardim Soberano, mas não conseguiu terminá-las, também pela falta de dinheiro. Procurou tirar proveito político, inaugurando uma delas, a do Jardim Soberano, mas ela não estava totalmente terminada, pois faltavam os móveis e demais aparelhagens. Deveria ter iniciado a do Parque Laguna, mas em virtude de problemas com a construtora, foi feita apenas a terraplanagem. O atual prefeito Geraldo deverá concluir as duas iniciadas por Juvenil e iniciar a do Parque Laguna, o que fará com que Salto passe a ter 16 creches no total (as 8 que existiam antes do TAC de 2012 e as oito exigidas pelo Ministério Público). Prontas e funcionando nós temos 13 creches, que somadas as duas a serem concluídas e mais uma programada atinge-se essas 16 no total. Esse número, porém, não será suficiente para os muitos pedidos de vagas que ainda não foram atendidos e que, segundo se calcula, é de 850 a 1.000, o que demonstra que precisaríamos de pelo menos mais 7 ou 8 creches novas, no mínimo, pois a quantidade de pretendentes às vagas aumenta dia a dia. Uma novidade é que o chefe do Executivo saltense está pretendendo passar as creches para a iniciativa privada. Ele inclusive iniciou negociações com a Sociedade S. Vicente de Paulo nesse sentido, pretendendo seguir o que foi feito em Indaiatuba, onde a São Vicente assumiu o encargo. Com isso, ele reduziria consideravelmente as despesas, podendo ainda serem programadas as construções de novas creches com o auxílio de terceiros.