OPINIÃO
- Valter Lenzi
- 29 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Eleição direta seria a solução?
Vamos tratar hoje de um assunto nacional, pois os saltenses, assim como todos os brasileiros, estão preocupados com a situação do país e desejam que a crise política seja logo resolvida. A crise econômica teve uma leve melhora, mas está sendo prejudicada pelas revelações bombásticas feitas por empresas como a Odebrecht e a JBS. Hoje se tornou imperiosa a retirada de Michel Temer do poder, pois ele é o estopim que não se apaga da crise política. Pelos meios políticos e jurídicos a vacância de poder pode demorar a acontecer, pois ele se mostra inflexível em relação a uma possível renúncia e vai fazer de tudo para se manter no cargo. O ideal seria que o Tribunal Superior Eleitoral, que vai julgar a dupla Dilma-Temer por irregularidades no último pleito, determine no próximo dia 6 de junho a condenação de ambos, o que provocaria o seu afastamento. Se Temer for afastado, o que se espera para breve, pois as acusações contra ele são inúmeras, a oposição, formada pelo PT e partidos satélites, por sindicalistas radicais e alguns movimentos sociais, quer a realização de eleição direta, mas para isso teria que ser alterada a Constituição Federal, que prevê eleição indireta depois de 2 anos de mandato presidencial. Eleições diretas? Será que isso resolveria os problemas, depois das experiências com Fernando Collor, Fernando Henrique, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma e agora Temer (que também foi eleito, na carona de Dilma)? Deles, Lula até que melhorou a situação do país em certa época do seu governo, mas – soube-se depois – o que roubaram em seus 8 anos e nos 4 no daquela apontada por ele – foi algo impressionante. Não se fala em milhões (com “m”), mas de bilhões (com “b”), embora ele e ela não confessem. Aliás, Lula foi o mais esperto de todos, pois nunca tratou de propinas diretamente, fazendo sempre uso de Pallocci, Mantega e dos tesoureiros do PT, enquanto Aécio e Temer, para só citar os principais, participaram pessoalmente dos acertos. Será que desta vez o povo vai acertar, se houver eleição direta, ou vai eleger alguns corruptos apontados na Lava Jato e em outras ações do Ministério Público e da Polícia Federal? O próprio Lula teria condições de voltar, pois aparece em 1º lugar nas pesquisas, mas enfrentaria uma oposição ferrenha, o mesmo acontecendo com algum outro possível candidato, numa lista em que não aparece nenhum nome de peso. O povo, que já errou na maioria das vezes após a Ditadura Militar, teria agora condições de acertar? Não acreditamos, pois não vemos nos meios políticos ninguém em condições de reunificar o país e trazer o progresso que aparece na inscrição de nossa bandeira.