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POLÍTICA SALTENSE

Nem sempre os bons candidatos

merecem o apoio dos eleitores


Quatro dos sete candidatos a vereador que não se elegeram: dr. Randi, prof. Mário Perugini, dr. José B. Aguiar e Arlindo Vendramini

Acontece isso em praticamente todas as eleições: cidadãos respeitáveis, conhecidos pela sua conduta exemplar, com grande cultura, que exercem funções importantes, que são, enfim, pessoas que certamente iriam justificar os votos recebidos, não recebem o apoio popular e acabam sofrendo derrotas acachapantes. Por isso muita gente, convidada a ingressar na política, prefere não atender o convite, pois iriam correr o risco de não fazer sucesso.

Um fato que serve para demonstrar que nem sempre bons candidatos se saem bem numa disputa eleitoral, aconteceu em 1963, quando algumas pessoas de destaque na cidade em suas funções se propuseram a concorrer, por estarem insatisfeitos com aqueles que militavam na política local e que não correspondiam ao desejo da maioria da população. Foram até ridicularizados, sendo chamados de “Os 7 Apóstolos”, pelo então prefeito, Vicente Scivittaro.

Esses sete disputaram pelo P.R.T. – Frente Renovadora, as 13 vagas na Câmara e nenhum deles conseguiu ser eleito. Concorreram 58 candidatos a vereador, sendo eleitos 5 da Frente Operária (M.T.R.), 4 do PTN (facção comandada por Vicente Scivittaro), 3 da coligação PSP-PR e 1 do PSD, que também apoiava Vicente Scivittaro. O mais votado foi este último, com 876 votos e o menos votado Corinto A. da Silva, com 109 votos.

O mais votado da coligação dos chamados “7 Apóstolos” foi o dr. Adriano Randi, um médico que prestava excelentes serviços à coletividade saltense, como médico e como chefe do Centro de Saúde. Ele conseguiu apenas 89 votos, sendo seguido pelo professor Mário Perugini e pelo também professor Alcindo Ceconello, com 72 e 57 votos, respectivamente. O dentista José Baptista de Aguiar, que havia sido presidente da Câmara, não passou dos 19 votos; Aldo Raggio, funcionário do Centro de Saúde, teve 18; o comerciante Bisman Rampazzo 16 e por último o farmacêutico José Arlindo Vendramini somente 13, apesar de atender muita gente em sua farmácia.

Nenhum desses 7, que tiveram uma experiência frustrante na política saltense voltaram a ser candidatos, para não passarem novamente pelo vexame de obterem votações que não refletiram o bom comportamento e os trabalhos na função que exerciam na cidade.

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