OPINIÃO
Festa da Padroeira: organização impecável
É comum acontecerem algumas falhas ou imprevistos nas festas que atraem grande público, realizadas em nossa cidade. Afinal, elas são promovidas por pessoas ou entidades que têm outras ocupações e por isso mesmo não podem se dedicar de corpo e alma para com os eventos de que eles participam. Nos últimos anos temos a satisfação de contar com a Festa Nipo-Brasileira, promovida pela colônia japonesa de nossa cidade, a qual tem merecido elogios por parte daqueles que nela comparecem, porque tudo é feito com o maior cuidado e eficiência, aliás, características do povo japonês e de seus descendentes. No mês de setembro tradicionalmente ocorrem duas festas: a do Salto e a da Padroeira, que acontecem em locais distintos e que atendem públicos diferenciados, como se pode comprovar anualmente. A do Salto é aquela mesmice de sempre, que agrada àqueles que se satisfazem com um parque de diversões, barracas que vendem alguns produtos, especialmente comestíveis, além de bebidas. A da Padroeira foi “empurrada” para um dos lados da matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat, na época em que o prefeito Jesuíno Ruy e o monsenhor Mário Negro (ainda padre) se desentenderam. Ela se adaptou tão bem ao quarteirão que ocupa, além das dependências do Centro Comunitário, que pode hoje ser reconhecida como uma festa que está merecendo a admiração dos que levam em conta não apenas as atrações que apresenta, mas também a organização, que pode ser considerada impecável. Confessamos que não somos habitués dessa festa, assim como a que se realiza na Praça Dr. Archimedes Lammoglia. No entanto, tivemos a oportunidade de comparecer ao local onde ela se realiza, neste ano, e ficamos impressionados com tudo aquilo que tivemos a oportunidade de presenciar. Se não soubéssemos que os organizadores são pessoas da própria igreja, supervisionados pelo padre Ivan, diríamos que são profissionais capacitados que tomaram a incumbência de preparar todos os detalhes, desde a venda de fichas no quiosque desativado ao lado da igreja, até a entrega do produto nas várias barracas em funcionamento. Tanto as pessoas dos caixas, como as que se incumbiam de repassar as massas, pastéis, mini-pizzas, doces, polenta, cuscuz, etc., produzidos na cozinha do Centro Comunitário, cumpriam sua missão com uma eficiência que não é comum em festas dessa natureza, razão pela qual podem se considerar peças fundamentais desse evento, merecendo elogios também pelo fato de serem voluntários. Esperava-se alguns minutos nas filas da bilheteria, é verdade, principalmente nos momentos ou nos dias de maior movimento, mas a entrega era praticamente automática, pois 5 ou 6 pessoas em cada barraca se incumbiam de dar sequência à ação de compra das fichas e consumo dos produtos, que, aliás, eram de ótima qualidade. Ficamos realmente impressionados, pois tudo funcionou como um relógio, pelo menos nos dias em que estivemos no recinto dessa festa, cuja organização deve servir de exemplo para outras que ainda não conseguiram atingir o mesmo patamar.