CAUSOS
Mais dois causos envolvendo o espirituoso Beterelli
Além dos causos já relatados envolvendo o espirituoso Alcides Beterelli, são contados alguns outros, dentre os quais selecionamos dois:
O primeiro aconteceu num dia em que ele conversava com os amigos num bar da Rua Rui Barbosa, proximidades de sua residência (quarteirão entre as ruas 9 de Julho e 23 de Maio). Tomava suas cachaças e batia um papo com as pessoas presentes, que adoravam ouvir suas histórias, quando sua mãe o chamou para almoçar.
- Já vou, querida mãezinha – respondeu numa primeira vez.
Cerca de 10 minutos depois, sua mãe voltava a chamá-lo, mas a conversa estava interessante e por isso ele se justificou:
- Já vou, querida mãezinha, estou batendo um papo com os amigos.
Mais 10 minutos e nova chamada feita por sua mãe e mais duas ou três em seguida, até que Beterelli não aguentou a pressão:
- Querida mãezinha, vá pra p.q.p.!
O segundo causo ocorreu numa época em que ele foi trabalhar numa cadeia pública em cidade vizinha. Era bom pedreiro e por isso seus serviços eram requisitados não somente em Salto, mas em toda a região. Nessa cidade era ele também o encarregado da compra de materiais e por isso saía constantemente da cadeia para adquirir pequenas peças ou pequenas quantidades desses materiais.
Os guardas da cadeia começaram a notar que vários presos apresentavam sinais de embriaguez e começaram a investigar. Notaram que isso ocorria sempre que Beterelli voltava das compras na rua e num dia decidiram revistá-lo ao voltar para o presídio: trazia apenas dois canos de PVC, mas perceberam que esses canos estavam tapados dos dois lados. Destamparam um desses lados e encontraram em seu interior um líquido de cheiro muito forte: cachaça. Beterelli abastecia os presos com a bebida, por isso vários deles estavam sempre alegres.
Sua justificativa: “Eles também são filhos de Deus”.