CAUSOS
Chuva “secou” o aumento do prefeito
Hoje os subsídios do prefeito são fixados antes de sua eleição e posse, mas em 1987 era permitido aos vereadores aumentarem ou reduzirem sua verba de representação, um valor acrescido aos salários propriamente ditos.
Em outubro desse ano o vereador Nelson Mosca apresentou um projeto de decreto legislativo reajustando o valor da verba de representação do então prefeito, Pilzio Nunciatto Di Lelli, a qual passaria de 25 para 40 salários mínimos, o correspondente hoje a cerca de 40 mil reais mensais (naquela época o valor do salário mínimo era proporcionalmente bem menor).
Na sessão seguinte, quando o projeto de Nelson seria votado, ele apareceu na Câmara muito bravo e acabou solicitando a retirada da propositura, para espanto dos seus companheiros do Legislativo saltense. Inquirido sobre o porquê dessa sua atitude extrema e tendo em vista que não havia discordância quanto à concessão do reajuste, Nelson explicou.
No final de semana chovera muito e uma árvore, localizada em frente de sua residência, na Rua Joaquim Nabuco, que há muito tempo ele pedira para que fosse podada porque as folhas entupiam a calha de sua moradia, não o fora. Por isso, sua casa foi inundada pelas águas pluviais, causando muitos transtornos a sua família.
- Se o prefeito não tem capacidade nem para mandar podar uma árvore, não merece ganhar mais, justificou Nelson.
Pilzio ficou bravo também, mas com os funcionários responsáveis pelos serviços de poda e também culpou São Pedro, por fazer chover tanto antes da votação do seu projeto de aumento.