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CAUSOS

Secretário de Estado volta ao “local do crime” que cometeu


Horácio Ortiz (à esq.) no início das obras da variante e no destaque

Antes de ser inaugurada, em 1951, com a presença do governador Adhemar de Barros, a ponte sobre o Rio Tietê era muito precária e colocava em risco as pessoas que desejavam atravessá-la com seus veículos em direção a Itu ou a pé até os bairros localizados na margem esquerda do rio.

No final da década de 1940, atendendo um pedido do então prefeito João Batista Ferrari (Tita), o Governo do Estado elaborou um projeto para a construção da ponte. Quando ela ficou pronta e aconteceu a inauguração, num dia festivo, os saltenses ficaram um tanto decepcionados, pois esperavam uma ponte reta ligando as duas margens do rio, mas ela foi construída seguindo mais ou menos o percurso da antiga, ou seja, completamente torta.

O interessante é que o governador Adhemar não foi responsabilizado. As pessoas comentavam:

- Como um engenheiro pode fazer um projeto desses? Deveria ter aproveitado e endireitado a ponte.

Passaram-se alguns anos, até que em 1984 foi realizada uma solenidade para marcar o início das obras para a variante da Rodovia do Açúcar, a qual contou com a presença do secretário dos Transportes, Horácio Ortiz. Aconteceram alguns discursos, dentre eles do prefeito Pilzio Nunciatto Di Lelli e do secretário Ortiz e este fez uma revelação que surpreendeu a todos e acabou com o mistério da ponte torta:

- Gostaria de dizer que quando eu era um jovem engenheiro, fui incumbido pelo governador Adhemar de executar o projeto de construção da ponte sobre o Rio Tietê, na saída para Itu...

Na coluna de humor do jornal Taperá, referindo-se ao acontecimento, constou:

- O assassino sempre volta ao local do crime...

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