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CAUSOS

O candidato a prefeito que “fazia chover”


A expressão “fazer chover” serve para destacar o que uma pessoa, clube, entidade, etc. fez para que em determinados dias chovesse bastante. Pode-se utilizar uma variação dessa expressão no sentido inverso, a “só faltou chover”, para demonstrar que foi feita muita coisa, só tendo faltado cair uma forte chuva.

Na eleição para prefeito ocorrida em 1976, um dos candidatos, numa das três sublegendas da Arena, era Adolfo de Moraes, que ficou marcado na época porque chovia em todos os dias que ele programava comício na cidade. Na coluna de humor do jornal Taperá o fato foi várias vezes abordado. Com os outros candidatos o fato não ocorria, mas era só Adolfo anunciar um comício que dos céus despencava água a cântaros nesse dia.

Num dos comentários que fizemos no Taperá dizíamos que Adolfo faria sucesso estrondoso no Nordeste do Brasil, onde não chovia (e ainda não chove) com grande frequência. Ele poderia anunciar que iria fazer num determinado dia um dos seus comícios e com as chuvas caindo conseguiria muitos votos. Num outro comentário sugeríamos que ele adotasse o guarda-chuva como símbolo da sua campanha, podendo distribui-los como brindes para os eleitores.

Na eleição Adolfo “choveu no molhado” e acabou “não chovendo em sua horta”, usando outras expressões para a chuva. É que ele foi apenas o 5º colocado no pleito, com 433 votos, mas ficou à frente de outro candidato, o advogado Otoni Soares, que recebeu apenas 222 sufrágios. Este último não ganharia nem que “chovesse canivete”...

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