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POLÍTICA SALTENSE

As disputas pela presidência da Câmara:

acirradas, tumultuadas, surpreendentes

(Parte 2)


Prosseguindo o relato das disputas pela presidência da Câmara de Salto, vamos nos referir às que aconteceram a partir de 1999 até os dias atuais:


Todos os presidentes nos 10 mandados de 2 anos cada um, a partir de 2000 até 2018

Votação tranquila – A votação que elegeu Geraldo Pedro Caprioli para o biênio 1999/2000 foi tranquila. Ele obteve 9 votos, contra 7 dados a Eliano Apolinário de Paula e 1 em branco. Embora a votação tenha sido mais uma vez secreta, presumiu-se que votaram na chapa vencedora, encabeçada por Geraldo, os 3 integrantes do PT, 3 do PMDB e 3 da facção do prefeito João Conti.


4 candidatos – Antes de Geraldo Garcia ter sido eleito presidente, havia indefinição entre os vereadores na votação que passou a ser aberta para 2001/2002. Apresentaram-se nada menos que 4 candidatos: Cláudio Terasaka, Geraldo Garcia, Jades Martins de Mello e João Leite Ramalho. Praticamente no dia da eleição aconteceu a definição: havia apenas 2 candidatos e Geraldo teve 10 votos contra 7 dados a João Ramalho.


Por 1 voto – Cláudio Terasaka se elegeu presidente para o mandato 2003/2004, recebendo 9 votos dos 17 vereadores que compunham a Câmara. Seu adversário foi Eliano Apolinário de Paula, que perdeu por apenas 1 voto de diferença.


Luizão surpreende – Havia 3 candidatos para a eleição do presidente para 2005/2006: Rosana Costa Pinto, José Carlos Rodrigues da Rocha e João Bispo dos Santos. Mas quem acabou eleito foi Luiz Carlos Batista, o Luizão, graças a um acordo de última hora. Como não iria conseguir a vitória, o grupo do prefeito eleito Geraldo Garcia propôs uma união com Luizão e com seu companheiro Antonio Alves Simão, que haviam sido eleitos pela chapa do candidato ao Executivo Ângelo Domingos Nucci. Com os 5 votos do grupo de Geraldo, mais os de Luizão e Simão, a eleição foi definida por 7 votos a 4 (havia 11 cadeiras nessa época na Câmara). Votaram contra João Bispo dos Santos, Cláudio Terasaka, Edval Pereira Rosa e Álvaro Pacheco.


Eleita a 1ª mulher – A primeira e única mulher da história de Salto a ser eleita presidente da Câmara de Vereadores de Salto foi Rosana Costa Pinto, filha do ex-prefeito Joseano e sobrinha do ex-prefeito Josias. Ela venceu por um voto (6 a 5) o vereador Lafaiete Pinheiro dos Santos e ocupou o cargo no biênio 2007/2008.


Por unanimidade – É difícil um candidato ser eleito por unanimidade de votos, mas isso aconteceu com a vitória tranquila de Lafaiete Pinheiro dos Santos, que foi sufragado pela totalidade dos vereadores (11) para os anos de 2009 e 2010. Isso, porém, perigou, pois havia dois outros candidatos: Eliano Apolinário de Paula e Raissuli H. F. da Silva. Este ofereceu os votos do PT a Eliano, na véspera da eleição, mas Eliano preferiu desistir em favor de Lafaiete, ao invés de manter a candidatura.


Correu risco – Na eleição para o mandato 2011/2012, foi apresentada chapa única, mas o eleito, Eliano Apolinário de Paula, correu risco, pois nas vésperas surgiu o candidato Divaldo Garotinho dos Santos, numa possível aliança entre o PT e o PV, que não se concretizou. Ocorreu uma coisa interessante nessa eleição: o vereador Luiz Carlos Batisa (Luizão) disse que votaria em Eliano, caso este necessitasse do seu voto. Como não precisou, não votou nele.


Unanimidade outra vez – Quem também conseguiu a unanimidade de votos foi Divaldo Garotinho da Silva, para o mandato de 2013/2014. Havia outro candidato (Eliano Apolinário de Paula), que aceitou desistir e ser vice-presidente na chapa eleita com 17 votos.


Curiosa disputa – Na disputa para o biênio 2015/2016 a coligação que elegeu Juvenil Cirelli tinha maioria, tendo surgido dois candidatos a presidente: Willhes Gomes da Silva e Natalino Silveira. Ambos fizeram um acordo: quem conseguisse os 9 votos suficientes para se eleger primeiro seria o candidato. Como Willhes conseguiu, se elegeu.


Luizão outra vez – Em sua volta à Câmara, nas eleições de 2016, Luiz Carlos Batista (Luizão) pleiteou e conseguiu eleger-se presidente, mas não era o favorito. Como integrante da bancada do prefeito Geraldo Garcia, teve apenas 2 votos dos 10 vereadores eleitos, Lafaiete Pinheiro dos Santos outros 2 e Edemilson dos Santos (que acabou sendo o candidato situacionista, 4). Luizão, então, se uniu à oposição e conseguiu os 9 votos necessários para sua eleição.

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