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OPINIÃO

Criada, finalmente, a Imprensa Oficial

Como se esperava, o projeto de lei do prefeito Geraldo Garcia, criando a Imprensa Oficial eletrônica, foi aprovado por unanimidade de votos, na sessão da última terça-feira. Tivemos a oportunidade de acompanhar pela TV Câmara a discussão dos vereadores na votação da propositura e consideramos a maioria de suas manifestações perfeitamente normal, falando da economia que o município vai ter, principalmente. Três delas, porém, chamaram nossa atenção: as dos vereadores Vinicius Saudino, Cícero Landim e Edemilson dos Santos. Vinicius Saudino, “o neófito”, como tem sido chamado nas redes sociais, segundo chegou ao nosso conhecimento, apresentou uma emenda estendendo à Câmara a possibilidade de também divulgar seus atos oficiais na internet, mas também fez algumas considerações que demonstram uma certa e inexplicável ojeriza por este jornal e por este diretor. Na opinião de Cícero Landim, Vinicius agiu como uma espécie de “pau mandado” ao apresentar a emenda, e na votação do projeto fez algumas afirmações que demonstram seu despreparo para a função que assumiu a partir de 1º de janeiro deste ano. Vinicius disse, por exemplo, que o dinheiro do IPTU pago pelos contribuintes foi destinado às publicações neste jornal. Tem razão, o dinheiro do IPTU foi usado para pagar este jornal e para muitas outras coisas, inclusive para pagar vereadores, até para os que não fazem jus à importância de quase 8.000 reais mensais que recebem. Ele dá a entender que a Prefeitura fez um favor ao Taperá publicando aqui seus atos oficiais, ignorando que a Lei Orgânica de todos os Municípios, a que vigorou até ser criada a L.O. saltense, assim como a atual, que a substituiu, preveem que os atos oficiais serão publicados no órgão de imprensa oficial, ou seja, aquele que vencer a licitação realizada. A Prefeitura até o ano passado, a Câmara e o SAAE atualmente, publicaram e publicam seus atos oficiais neste jornal porque a lei exige, inclusive a Constituição Federal, que determina que seja dada publicidade aos atos. Por último, o neófito vereador declara que o Taperá recebeu 380 mil reais por ano, o que é uma falácia (consulte o dicionário, vereador). Recebemos uma importância considerável, mas não chega, na média, a 380 mil por ano (ver nota abaixo). E, se chegasse, seria o pagamento pelo espaço ocupado no jornal, que exigiu o gasto de muito papel extra, tinta, impressão, etc. O segundo vereador, Cícero Landim, continua achando que o projeto de Geraldo e a emenda de Vinicius, apresentada nesta semana, demonstram uma vingança contra o Taperá. Apesar desses fortes indícios, custa-nos acreditar no espírito vingador, pelo menos no que se refere a Geraldo, mesmo porque não há razões justificáveis para isso. No entanto, é bom lembrar o que diz um velho ditado, “onde tem fumaça, tem fogo”. Por último, o vereador Edemilson, ex-diretor de jornal impresso, que sempre defendeu a publicação dos atos oficiais na internet, pois nunca venceu uma licitação realizada pela Prefeitura, declarou que foram gastos cerca de 4 milhões em 10 anos, dando a impressão que esse dinheiro todo veio líquido para nossos bolsos, ignorando as despesas que tivemos. E, repetimos, não foi nenhum favor, foi o pagamento por espaços ocupados, que hoje são considerados caros, mas que na época eram bem aceitos. Ele esqueceu-se de dizer que muitos dos atos publicados no Taperá (licitações, principalmente), tiveram também que ser divulgados num jornal de grande circulação (Diário de São Paulo e recentemente o Agora, dentre outros), como exige a lei, a um custo muito alto (enquanto cobrávamos, por exemplo, 5 reais o cm coluna, na grande imprensa o custo atingia 50 ou 60 reais o cm coluna). Esse valor ele e nenhum outro vereador divulgou, pois não interessa, não é mesmo? O alvo é o Taperá. Ele diz que a Prefeitura gastou de 300 a 400 mil reais por ano, quando na verdade a média foi bem menor (ver nota abaixo). Mas, o que é uma mentirinha a mais para os que contaram muitas?

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