OPINIÃO
Prefeito nega aumento que decretou
No apagar das luzes de 2017, como diria aquele narrador esportivo, o prefeito Geraldo Garcia baixou o decreto 201/2017, que “regulamenta dispositivos da lei municipal 3.242, a qual dispõe sobre o uso das áreas de estacionamento rotativo, denominado Zona Azul, e dá outras providências”. Os cinco primeiros artigos estabelecem a forma de funcionamento, como é feito o pagamento, isenções, etc., mas o artigo 6º, que trata da fixação dos valores das tarifas, diz que os períodos de permanência serão de 1 (uma) hora e 2 (duas) horas (cadê a meia hora?). É claro ao estabelecer também que as tarifas a serem pagas pelos usuários para a utilização das vagas no estacionamento rotativo serão de R$ 2,00 por 1 hora e de R$ 4,00 para 2 horas, além de fixar valores para o uso de uma vaga pelas caçambas. Que fique bem claro: o prefeito Geraldo Garcia estabeleceu esses valores, que poderiam passar a ser pagos a partir da data da publicação (30 de dezembro de 2017), ou quando ele desejasse. Poderiam... mas Geraldo nega que aumentou e justifica afirmando que “o decreto que foi publicado no jornal Gazeta de S. Paulo é apenas obrigação formal, que não reajusta a tarifa da Zona Azul a partir da publicação”. Chega a declarar que a notícia que o Taperá divulgou é ‘fake news’, ou seja, notícia mentirosa. Não é mentirosa, não, prefeito! Estão no decreto os novos valores a serem cobrados e isso pode ser feito imediatamente, daqui a 2 meses, daqui a um ano, etc. Quem mentiu então, prefeito? O que fica claro é que o decreto já estabeleceu os novos valores para a utilização do estacionamento denominado Zona Azul, dobrando os preços atualmente cobrados. Diz que o estacionamento por 30 minutos não acabou, podendo ser usado o de 1 hora mais de uma vez, utilizando um aplicativo, mas isso só usando o aplicativo. Ao invés de justificar o injustificável e de fazer acusação improcedente, Geraldo deveria ser mais humilde, aceitar que errou, talvez influenciado por sua assessoria, que é quem redigiu o decreto. Ou ele não leu e, se leu, não mediu as consequências do seu ato, não imaginando que a fixação de tarifas dessa forma exagerada teria a repercussão que teve. As muitas manifestações de revolta registradas em nosso site (mais de 35 mil acessos) e a discordância até de pessoas que têm admiração pelo trabalho de Geraldo, demonstram que não agiu corretamente. Deveriam fazer também com que ele analisasse melhor o decreto que baixou, podendo até corrigi-lo através de um outro decreto. Se, porém, quiser persistir no erro, deve arcar com as consequências dessa sua atitude.