POLÍTICA SALTENSE
Com exceção de Lammoglia e Rodolfo, saltenses nunca conseguiram eleger um candidato da cidade
Os votos dos saltenses nunca elegeram um candidato da cidade. As exceções foram Archimedes Lammoglia e Rodolfo Costa e Silva, mas estes só saíram vencedores em algumas eleições graças aos votos recebidos em outras cidades. Isso aconteceu porque os eleitores locais destinaram seus votos para candidatos de outros municípios, ou então distribuíram seus votos entre os diversos candidatos saltenses.
Não temos maiores dados sobre as duas primeiras eleições, as de 1947 e 1950, pois quando da realização da primeira não circulava nenhum jornal em Salto e quando da segunda os jornais da época não apresentam números completos da votação,
Vejam como transcorreram as eleições a partir de 1947:
1947 – Não existem informações sobre as eleições em Salto nesse ano, o primeiro após a redemocratização do país. Sabe-se apenas que Salto não apresentou candidatos e o candidato ituano, Martinho Di Ciero, foi eleito com 6.434 votos, representando a região ituana.
1950 – Martinho Di Ciero voltou a ser eleito e com votação um pouco menor que a obtida na eleição anterior: 6.673 votos. O único registro que se tem é que ele obteve em Salto 1.109 votos, quantidade expressiva, pois contávamos com apenas 1.905 eleitores na cidade. Um outro ituano também concorreu: Ortiz Monteiro, que obteve 1.593 votos no estado todo. Não existem números para comprovar sua votação em nossa cidade.
1954 – Para deputado federal concorreram dois candidatos ituanos: Ortiz Monteiro, que obteve 1.575 votos em Salto e Novelli Jr., que alcançou votação menor: 219. A novidade é que tivemos dois candidatos saltenses para deputado estadual: Vicente Scivittaro, o “Chinchino”, com 1.622 votos e Archimedes Lammoglia, com 872, mas ambos não se elegeram. Concorreram também três candidatos de Itu: Martinho Di Ciero, com 153 votos, Evandro Mureb, com 13 e Felipe Nagibe Chebel, com 8.
1958 - Tivemos novamente dois candidatos saltenses na eleição para deputado estadual: Vicente Scivittaro, que conseguiu 2.533 votos, mas não se elegeu (6.214 votos no total) e Archimedes Lammoglia, 1.275 votos em Salto e 9.113 no total, elegendo-se pela primeira vez. Ortiz Monteiro novamente candidato a deputado federal, conseguiu 2.660 votos em Salto, mas não se elegeu. Novamente 3 ituanos candidataram-se a deputado estadual e tiveram as seguintes votações em Salto: Martinho Di Ciero 99, Nagib Chebel 17 e Galileu Bicudo 12.
1962 – Ortiz Monteiro foi o mais votado para deputado federal, com o apoio da facção chinchinista: 888 votos e se elegeu para a Câmara Federal. Um outro ituano, Galileu Bicudo, também foi eleito, mas para deputado estadual, assim como Archimedes Lammoglia, que conseguiu 1.217 votos na cidade (10.705 no total, 38º no Estado). Vicente Scivittaro teve 1.605 votos na cidade, mas não se elegeu.
1966 – Novamente Ortiz Monteiro foi o mais votado para deputado federal: 776 votos, seguido por Lurtz Sabiá (apoiado pela Frente Operária), com 578. Para deputado estadual, pela primeira vez Archimedes venceu uma eleição na cidade: 2.293 votos, seguido pelo ituano Galileu Bicudo, com 686.
1970 – Para deputado federal, nessa eleição o ituano Ortiz Monteiro (que teve 575 votos) foi ultrapassado por Amaral Furlan, com 1.154; Adhemar de Barros Filho teve 874 e João de Arruda 763. Para estadual, Archimedes venceu mais uma vez com facilidade e se reelegeu: 3.776 votos, seguido de longe por Marcondes Filho, com 46.
1974 – A surpresa na eleição para deputado federal nesse ano foi Ruy Côdo, que havia conseguido apenas 138 votos e atingiu 3.287, com o apoio da facção de Jesuíno Ruy (ele foi eleito com 77.049 votos). O candidato apoiado por Josias Costa Pinto, Gióia Júnior, conseguiu 1.262 votos e também foi eleito, com 60.070. Ademar de Barros Filho, 4º na classificação geral, obteve 334 votos. Para deputado estadual a disputa foi entre Jesuíno Ruy e Archimedes Lammoglia, com 3.748 e 2.447 votos, respectivamente. No total, Archimedes alcançou 27.899 e se elegeu mais uma vez.
1978 – Ruy Côdo foi novamente o mais votado na cidade, com 2.938, seguido por Israel Dias Novaes, do PMDB, com 1.423, enquanto Adhemarzinho teve 761 e Gióia Jr. 117. Para deputado estadual dois candidatos saltenses: Pilzio Nunciatto Di Lelli, com 5.500 votos e Archimedes Lammoglia com 3.383, mas vitorioso na contagem geral, sendo eleito com 32.601 votos.
1982 – Paulo Salim Maluf surgiu nesse ano e logo foi eleito com 672.927, obtendo 2.064 votos em Salto. Valter do Amaral, do PT, alcançou 1.188 votos, mas a maior votação foi de Israel Dias Novaes, com 5.584 votos, vindo a seguir Ruy Côdo, com 5.532 e Mário Covas com 907. Para deputado estadual Archimedes (2.832 votos) perdeu para Benedito Ribeiro, do PMDB, com 5.358 e para Hélio César Rosas (apoiado pela facção de Eugênio Coltro), com 4.961. Um outro saltense, José Conral Filho, do PT, conseguiu 1.142 votos.
1986 – Em Salto, como em várias cidades do Estado, Luiz Ignácio Lula da Silva teve boa votação: 1.480 e 651.763, respectivamente. Outros bem votados para deputado federal: Antonio Toschi com 1.058 e Hélio César Rosas com 1.033. Ruy Côdo despencou: apenas 90 votos na cidade. Para deputado estadual Archimedes foi bem votado: 4.494 votos, mas não conseguiu se reeleger com os 22.324 votos obtidos no Estado. Ele foi seguido por Benedito Ribeiro, com 2.729, Afanásio Jasadi com 1.953, Maria do Carmo Piunti com 1.483 e Clain Ferrari (de Indaiatuba) com 181.
1990 – Desta feita Jesuíno Ruy se candidatou a deputado federal, alcançando 7.946 votos, mas não se elegeu. Ruy Côdo obteve apenas 89. Para deputado estadual Archimedes não foi eleito mais uma vez, pois teve apenas 5.674 votos José Carlos Tonin (de Indaiatuba) com 1.463, Maria do Carmo Piunti, com 373, Afanázio Jazadi com 369 e José Olímpio (de Itu, que não se elegeu) com 136 votos.
1994 – Candidatos de fora para deputado federal foram os mais votados: Jorge Tadeu com 1.440, Marcos Chedid com 1.114, Padre Chico com 983. O indaiatubano Reinaldo Nogueira teve 936 votos, o também indaiatubano Clain Ferrari 662 e o ituano Benedito Roque 216. Para deputado estadual o mais votado em Salto foi Cláudio Terasaka, com 7.075 votos, seguido por Juvenil Cirelli, com 3.526, José Carlos Tonin, com 2.888, Archimedes Lammoglia, com 2.642, Maria do Carmo Piunti, com 1.160, Bombeiro Gilvan (de Salto), com 920, Sérgio Prévidi (de Itu) com 602 e José Olimpio com 178.
1998 – Jesuíno voltou a ser candidato a deputado federal, mas só obteve 9.538 votos (10.203 em todo o Estado). Arlindo Chinaglia vem a seguir, com 2.467, Jorge Tadeu com 2.455 e José Annibal com 1.206. Para deputado estadual Pilzio N. Di Lelli atingiu 8.577 (10.808 no Estado) Bombeiro Gilvan 1.966 (2.851 no Estado), Maria do Carmo Piunti 1.833 e Tonin 1.586.
2002 – Com 64.215 votos, Salto teria condições de eleger um deputado, mas os votos dos saltenses se espalharam. Para deputado federal Ângelo Domingos Nucci alcançou 26.229 votos (28.220 no total), seguido por Arlindo Chinaglia, com 4.018 e Balbina (de Itu) com 233. Para deputado estadual João Leite Ramalho atingiu 9.153, seguido de Rodolfo Costa e Silva, que se transformou em candidato saltense, pois passou a residir na cidade e que teve 6.961 votos. Antonio Cláudio, também da cidade, obteve 3.522 e Rogério Nogueira (de Indaiatuba, concorrendo pela primeira vez), 2.308 votos.
2006 – O destaque desse ano foram as extraordinárias votações recebidas pelos irmãos Reinaldo e Rogério Nogueira. Para deputado federal Reinaldo obteve 21.955 votos, seguido pelo saltense Ângelo Domingos Nucci, que alcançou 12.027 votos. Dois outros saltenses tiveram baixa votação: Antonio Cláudio com 889 e Pilzio N. Di Lelli com 667. Para deputado estadual Rogério alcançou 21.675 votos, bem à frente do candidato por Salto, Rodolfo Costa e Silva, que atingiu 7.915 votos, de João Leite Ramalho (4.073 votos), de Rita Passos (2.731 votos) e de Raul Seixas de Itu, com 364.
2010 - A candidata apoiada pela facção de Geraldo Garcia, Aline Correa, foi a vencedora para deputada estadual, com 17.308 votos, seguida por Ângelo Domingos Nucci, com 13.727 (nessa eleição Reinaldo Nogueira não foi candidato, pois era o prefeito de Indaiatuba). A saltense Rita Leite Diniz teve 213 votos em Salto e 383 no Estado. Para deputado estadual, Rogério Nogueira mais uma vez teve boa votação: 23.153, seguido pela ituana Rita Passos, com 6.385. A também ituana Maria do Carmo Piunti teve apenas 573. Votação de outros candidatos saltenses: Eliano Apolinário de Paula, com 6.629 no Estado, Luiz Carlos Bueno, com 1.394 (1.894 no Estado) e Tânia Ferraz com 344 (1.373 no Estado).
2014 – Pela primeira vez Ângelo D. Nucci foi o mais votado para deputado federal, com 12.847, seguido por Guilherme Mussi (apoiado por Geraldo Garcia), com 12.653. Herculano Passos, de Itu, alcançou 929 votos e José Olímpio com 837. Para deputado estadual, Rogério Nogueira obteve 23.304 votos nesse ano, para deputado estadual, seguido de Kiel Damasceno (4.791), Rita Passos (1.928), Antonio Cláudio da Rádio (1.392), Rodrigo Moraes (de Itu, 1.030) e Wilson Mosca (132).