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CAUSOS

Uma anestesia nada convencional: murro na cabeça


Nos primeiros tempos de funcionamento do Hospital Municipal uma integrante de tradicional família saltense, residente na Vila Teixeira, se preparou para uma intervenção cirúrgica para a extirpação da apêndice. O cirurgião seria o dr. Alexandre Kalaf, que tinha se mudado há pouco tempo em Salto e que iria realizar a primeira cirurgia no hospital da cidade.

Ele aplicou uma anestesia local na paciente, mas ao fazer a primeira incisão a jovem gritou de dor. Isso aconteceu também depois que foi novamente aplicada a anestesia. A enfermeira, então, comunica ao médico que aquela era a primeira vez que um membro da família se submetia a uma operação e por isso todos estavam nervosos, inclusive a paciente, o que explicaria a falta de efeito da anestesia.

A enfermeira ainda sugeriu o adiamento da cirurgia, mas o dr. Kalaf não concordou e afirmou que iria aplicar uma cirurgia geral, mas inesperadamente dá um murro na cabeça da paciente, que desmaia e ele pôde enfim realizar o procedimento cirúrgico.

De volta ao quarto, depois de voltar a si, a moça relata o fato aos seus familiares, que imediatamente procuram a Delegacia de Polícia para fazer queixa. O delegado manda intimar o dr. Kalaf e o diretor clínico do Hospital, dr. Heriberto de Toledo Aranha, a fim de apurar responsabilidades. O processo é aberto e o dr. Kalaf demonstra sua capacidade profissional, atuando em vários hospitais, inclusive da Argentina. Inquirido sobre a atitude que tomou, assim se justificou:

- Comigo paciente na mesa de operação é operada mesmo. Só não me preocupo com o tipo de anestesia, que pode ser a convencional ou não...

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