OPINIÃO
A localização da ETA do Buru
Até a semana passada não se questionava a localização da Estação de Tratamento de Água do Ribeirão (que já foi Córrego) Buru. Bastou uma chuva intensa em Indaiatuba para que um grande volume de água chegasse até onde ela está localizada, o que motivou o questionamento. Aliás, essa foi a terceira vez que os equipamentos para o tratamento de água foram atingidos, motivando a paralisação do abastecimento, principalmente para a região Noroeste. A implantação da adutora e da ETA do Buru ocorreu na administração do prefeito João Guido Conti, tendo sido iniciada em agosto de 1998 e concluída em 21 de abril de 1999, quando aconteceu a inauguração. Conti considerou na época que foi a principal obra da sua administração e foi mesmo, pois, se não tivesse ocorrido, hoje Salto estaria enfrentando um desabastecimento muito sério, já que a captação no Ribeirão Piraí não seria suficiente para atender todo o município. Na época os engenheiros responsáveis pela implantação da ETA não avaliaram os problemas que iriam acontecer no futuro, por isso não decidiram construir o prédio que abriga a Estação de Tratamento num ponto mais elevado, como aconteceu com o reservatório semienterrado de 1,5 milhão de litros e o reservatório elevado de 250 mil litros, que se localizam ao lado da Avenida José Maria Marques de Oliveira. A invasão da Estação de Tratamento pelas águas da chuva que caiu sobre Indaiatuba, novamente deixou submersos os equipamentos, principalmente as bombas de captação e distribuição, interrompendo o fornecimento para um número considerável de munícipes. Enquanto o pessoal do SAAE Ambiental tratou de resolver o problema, caminhões-pipa tiveram que ser utilizados para abastecer as residências atingidas, o que ocorreu durante 4 dias. E agora, o que fazer? Espera-se que a administração municipal não fique no aguardo de mais uma chuva intensa em Indaiatuba para lamentar a nova ocorrência do problema. É necessário agir rápido, sendo que a medida mais lógica seria transferir a Estação de Tratamento para um ponto elevado, nas proximidades da Avenida José Maria Marques de Oliveira. Isso, porém, exigiria o dispêndio de recursos consideráveis, embora os equipamentos existentes possam ser aproveitados nesse novo local. No entanto, a falta de condições financeiras da Prefeitura para enfrentar uma despesa dessa natureza é algo que não permite uma providência como essa. Os engenheiros da Prefeitura poderiam estudar uma alternativa, embora à primeira vista isso pareça ser muito difícil. O que não pode é aceitar passivamente a situação sem agir.