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FATOS RELEVANTES

Salto também comemorou ruidosamente

o fim da escravidão e a proclamação da República


Nossa região, especialmente as cidades de Itu e Salto, era um centro de abolicionistas e republicanos, principalmente a cidade vizinha, que sediou a Convenção Republicana, em 1873. Segundo Ettore Liberalesso, em seu livro “Salto, História, Vida e Tradição”, “nem todo republicano era abolicionista, mas todo abolicionista era republicano”. É que os barões latifundiários não desejavam o fim da mão-de-obra servil e gratuita.

A princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888

Quando chegou a Salto a notícia da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888, houve muita festa. Era um domingo e o professor Tancredo do Amaral teve a iniciativa de comandar as comemorações, incitando o povo a desfilar pelas ruas da cidade, acompanhando a banda de música. Foram feitos discursos inflamados, cantados hinos patrióticos, tudo sob uma ruidosa queima de fogos.

No dia seguinte, logo pela manhã, um trem especial da Companhia Ituana, levou centenas de saltenses e a banda de música até Itu, ocorrendo uma concentração na Praça da Matriz, onde quatro bandas se apresentaram, uma em cada lado da praça. As comemorações se estenderam por toda a semana, nas duas cidades, terminando no dia 20 com o Te Deum” em ação de graças, como acontecia nos grandes acontecimentos.

Após a libertação dos escravos, os republicanos queriam mais: a Proclamação da República. Por isso continuaram a campanha, tendo o dr. Barros Júnior, um grande abolicionista e republicano, promovido reuniões, palestras e conferências, sendo que para estas últimas trazia figuras ilustres do partido, em São Paulo, as quais eram esperadas na estação ferroviária, com bandas de música e de rojões.

A República foi proclamada por Marechal Deodoro da Fonseca, em 1889

Quando o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, em 15 de novembro de 1989, repetiu-se a festa realizada quando da realizada no fim da escravidão. Desta feita houve o badalar festivo e demorado dos sinos da matriz, enquanto as fábricas acionavam seus apitos. O povo se reuniu na praça da matriz, depois de percorrer as ruas da cidade, sob as palmas e espoucar dos rojões, acompanhado da banda. À noite daquele dia houve nova confraternização com os ituanos.

No dia seguinte, foi a vez dos ituanos virem até Salto, formando-se uma caravana formada por políticos das duas cidades, representantes das indústrias, do comércio e outros, que seguiram em trem especial para São Paulo. Eles foram dar apoio ao Governo Provisório Estadual, que se formou imediatamente após a Proclamação da República.

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