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QUEM FOI QUEM

Américo Mencarelli: um dos grandes maestros que Salto revelou


Iniciamos hoje esta coluna que focalizará pessoas falecidas que tiveram um destaque em suas vidas profissionais ou pessoais. Esta coluna revezará com a “Fatos Marcantes”, que vem sendo publicada


Américo Mencarelli, ao lado do prefeito Pilzio, no palanque, durante um desfile na Rua 9 de Julho – junho de 1989

Salto teve várias épocas de destaque no setor musical, no que se refere às bandas de música. No início do século passado tínhamos duas excelentes bandas, a Banda Musical Saltense, que surgiu como Grêmio Musical, a partir de 1878, conhecida também como “Banda Brasileira”, e a partir de 1901 a Corporação Musical Giuseppe Verdi, conhecida como “Banda Italiana”. Ambas eram muito respeitadas e inclusive eram convidadas para participar de grandes eventos na Capital e em outros pontos do Estado. A de maior destaque foi a “Banda Italiana”, que realizou concertos no Teatro Municipal de S. Paulo, no Jardim da Luz (na posse do dr. Campos Salles, na presidência do Estado), no navio “Reggio Itália”, na visita de Guilherme Marconi, dentre outros.

Maestros de músicos destacaram-se nessas bandas através dos tempos, podendo-se citar, dentre eles Américo Mencarelli, que veio de Monte Mor para Salto, com sua família, aos 4 anos de idade. Estudou na escola “Tancredo do Amaral”, trabalhou numa oficina de cantaria e na tinturaria da Brasital durante 13 anos. Iniciou sua carreira musical como aluno de Pedro Castelini e depois de Antonio Malavazzi. Ingressou na Banda Musical Saltense, dirigida pelo maestro Henrique Castellari, na qual tocava trombone e depois trompete.

Nessa época organizou um conjunto chamado Jazz Cruzeiro, que contava com músicos saltenses, o qual durou 6 anos, apresentando-se em diversas cidades. Mudou-se para São Paulo em 1965, depois de casar-se com Maria Bulgarelli, ingressando na Banda da Guarda Civil de S. Paulo, além de fazer o curso de regência no Conservatório Musical de Pinheiros, também da capital.

A Banda da Guarda Civil, sob o comando de Américo Mencarelli, se apresentando em frente ao antigo Fórum, na instalação da comarca de Salto – outubro de 1966

Aconteceu em 1970 a unificação das bandas da Guarda Civil e da Força Pública de S. Paulo, tornando-se a maior banda do Brasil, com 140 figurantes. Nessa época Américo foi promovido a capitão maestro da banda da Polícia Militar da cidade de S. Paulo, tendo se retirado em 1976, com a patente de major regente. Convidado pelo comandante da Guarda Civil Metropolitana de S. Paulo, voltou em 1988 para reorganizar a banda.

Foi autor de diversas obras, dentre elas o Hino das Guardas Civis do Brasil, o Hino do 10º Batalhão da Polícia Militar, Hino da Guarda Civil Metropolitana de S. Paulo e outros. Participou da gravação de 5 long-plays de bandas e do Hino da Cidade de Salto; da apresentação da Banda da Guarda Civil na instalação da comarca de Salto (nessa época dois outros maestros saltenses dividiam com Américo a regência: Norberto Florindo e Amâncio Maestrello); dirigiu a Banda da Febem por vários anos e dirigiu a Banda da Guarda Civil de S. Paulo por 10 anos.

Recebeu em 2006, da Prefeitura de S. Paulo, o título de Honra ao Mérito pela sua trajetória nas corporações da capital e recebeu o título de Cidadão Saltense, também em 2006.

A partir do ano 2000 dividiu sua residência em São Paulo e em Salto, nos arredores da Praça XV de Novembro, tendo falecido em 2009.

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