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QUEM FOI QUEM

Dona Aurelina foi uma das maiores

benfeitoras nos 320 anos de vida de Salto


Dona Aurelina com suas duas filhas adotivas, um dos esposos e 4 netos

Pode-se garantir que nos quase 320 anos de existência de Salto uma de suas maiores benfeitoras foi dona Aurelina Teixeira Campos. Nascida em 1879, viveu 68 anos na cidade, marcando sua existência por diversos atos de benemerência, numa época em que o município necessitava de pessoas como ela para se desenvolver.

Muito católica, esteve à frente de diversas associações religiosas da Paróquia de Nossa Sra. do Monte Serrat, dentre elas o Apostolado da Oração, fundado pelo padre Tadei. Era casada com João de Almeida Campos, um homem de muitas posses que também dividiu parte delas com a população local. Não teve filhos nesse casamento, mas adotou e criou duas meninas, Maria e Isabel, que lhe deram alguns netos. Enviuvou muito cedo, mas foi cercada pelo carinho de sua família adotiva.

O prédio que funcionou como Casa Paroquial, na Rua Monsenhor Couto: 1ª doação

Nasceu num casarão formado pelas ruas Itapiru e Dr. Barros Jr., em frente ao antigo “Bar do Pierim”, mas no início da década de 1930 mandou construir uma grande casa na Rua 7 de Setembro (atual Monsenhor Couto), que foi usada durante tempos como Casa Paroquial. Não gostou do local e construiu outra casa na esquina da Monsenhor Couto com a 7 de Setembro, ao lado da matriz de Monte Serrat.

Nesse prédio hoje na Praça Archimedes Lammoglia, funciono o “Coleginho” até 1965: 2ª doação

Nessa época fez a primeira doação: a residência que funcionou como Casa Paroquial, sendo lavrada a escritura de doação em 1934.

A segunda doação ocorreu em 1936, quando ela entregou o casarão existente na Praça Paula Souza (atual Archimedes Lammoglia) à Paróquia. Nesse imóvel funcionou até 1965 o “Coleginho” (atual Escola Sagrada Família).

Quarteirão com as casas da Vila Vicentina (hoje sede da Sociedade e salão de festas): 3ª doação

A terceira doação, em 1939, foi de uma quadra de terreno entre as ruas Prudente de Moraes, General Glicério, Madre Isidora e Campos Salles, para a Sociedade São Vicente de Paulo, que ali construiu as casas da Vila Vicentina, destinadas às famílias pobres.

Todos esses imóveis doados se localizavam no centro de Salto e hoje valem milhões de reais. Seu interesse era beneficiar principalmente a igreja e as entidades religiosas, merecendo, por isso mesmo, o reconhecimento pelos seus atos de bondade praticados, bem como o desapego pelas riquezas terrenas.

Dona Aurelina faleceu em 1º de fevereiro de 1947 e já foi homenageada pelo Poder Público, que denominou uma das ruas do Jardim São João, na região Noroeste.

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