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OPINIÃO

Que saudades de quando os Correios funcionavam...

Os Correios já foram uma das instituições mais respeitadas do país pelos bons serviços que prestava. Naquele tempo, quando não havia e-mails e WhatsApp, íamos até a agência para postar uma carta, um telegrama ou um objeto e éramos consultados como desejávamos o envio, no que se refere à carta: expressa, registrada, etc. A gente decidia, sabendo que ela chegaria ao destinatário no prazo estabelecido. E chegava mesmo. Hoje, quando o envio de correspondência deveria ser mais rápido e mais confiável do que antigamente, época em que os recursos eram muito menores, piorou e piorou muito! Nem tanto para quem vai expedir a correspondência ou algum objeto, mas para os que vão recebê-lo. É o que ocorre, por exemplo, com os boletos que as empresas enviam para que o cidadão providencie o pagamento, pela internet, em algum banco ou casa lotérica. Apesar de postados nos Correios com grande antecedência, eles geralmente chegam depois do dia do vencimento, como já aconteceu com este colunista e com muitos saltenses, alguns dos quais protestam nos jornais ou nas redes sociais, sem que isso sensibilize os Correios. Estes têm sempre a mesma explicação, quando lhe encaminhamos as reclamações: “Os Correios têm feito operações internas para aperfeiçoar a entrega das correspondências, inclusive nos finais de semana. Atualmente há 18 profissionais, sendo dois terceirizados e a empresa busca meios de ampliar o quadro local”. Puro blá-blá-blá, desculpa pra boi dormir, como se costuma dizer popularmente. As entregas atrasadas proporcionam prejuízos aos cidadãos, que têm de pagar juros e multas, embora estejam dispostos e em condições de fazer o pagamento na data de vencimento. Não só prejuízos financeiros, mas também outros, como, por exemplo, os que aguardam resposta para alguma reivindicação, os que dependem do recebimento da correspondência para conseguir um benefício qualquer, etc. Se os Correios estão fazendo operações internas para a entrega das correspondências, como alega, isso não está surtindo efeito nenhum, assim como a entrega de correspondência nos finais de semana. Se existem 18 profissionais, dois dos quais dois terceirizados, é pouca gente, pois dificilmente se encontra em Salto uma pessoa satisfeita com o trabalho de entrega feita pelos Correios. É com pesar que fazemos estas críticas contra uma empresa surgida em 1663, há mais de 350 anos portanto, mas que não tem cumprido seu papel. Em seu site ela diz que “realiza importante função de integração e de inclusão social”, mas pelo menos em relação ao nosso município isso não se aplica. Os Correios, nos últimos anos, têm sido também alvo de corruptos, que se aproveitam das suas deficiências diretivas para causar prejuízos que têm se avolumado de maneira extraordinária. Por isso, como o problema está na sua raiz, não esperem por melhoras a curto prazo. Assim como as correspondências que entrega, isso vai demorar muito para acontecer.

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