QUEM FOI QUEM
Adriano Randi tinha muitas atividades,
além de dedicado médico
Salto teve a felicidade de contar por muitos anos com um médico dedicado, preocupado com seus semelhantes, além de uma pessoa atuante na vida comunitária saltense. Geralmente os médicos não têm tempo para outras atividades senão aquela de atender a população, mas o dr. Randi achava tempo pra tudo... inclusive para colecionar selos. Pode-se considerá-lo o que se costumava chamar “médico da família”, aquele que visitava os pacientes em suas casas, dando-lhe apoio efetivo e constante.
Ele nasceu em São Paulo, mas fez parte dos seus estudos no então Grupo Escolar Tancredo do Amaral. Seu pai era técnico industrial têxtil, que prestava serviços à Brasital S.A., indústria saltense que também tinha fábrica em São Roque, onde o dr. Randi residiu por um tempo.
Formou-se médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1948 e dois anos depois passou a residir em Salto, pois havia se casado com Wanda Colácico. Trabalhou inicialmente no consultório interno da Brasital S.A., onde permaneceu durante 5 anos, prestando serviços também para o Sindicato dos Têxteis.
Ingressando no funcionalismo público estadual, foi nomeado para o cargo de médico sanitarista do Centro de Saúde local, onde permaneceu por muitos anos. Por diversas gestões de vários prefeitos, encarregou-se da direção clínica do Hospital Municipal.
Em suas atividades na sociedade local, destacou-se como ativo fundador e membro do Rotary Club de Salto, fazendo a divulgação dessa entidade nos clubes do Brasil e do exterior. Atuou ainda como conselheiro e vice-presidente do Clube Ideal. Como apaixonado filatelista, mantinha uma coluna no jornal O Trabalhador e foi ele também quem organizou a única exposição filatélica realizada na cidade, com a presença de filatelistas de diversas regiões do Estado e do País.
Dr. Randi foi autor de dois livros: “Município de Salto”, focalizando aspectos históricos e geográficos da cidade e outro denominado “Ensaio para a História do Jornalismo Saltense”, relacionando praticamente todos os jornais que circularam na cidade, desde o final do século XIX.
Depois de se aposentar no funcionalismo público em março de 1983, continuou trabalhando na cidade, mas mudou-se para Campinas, em 1988. Pelo menos duas vezes por semana vinha para Salto, a fim de atender seus pacientes e também os que vinham se tratar na Clínica de Doenças Reumáticas Santa Terezinha.
Em virtude dos trabalhos prestados para o município, o dr. Randi recebeu o título de Cidadão Saltense, em dezembro de 1973. Faleceu em 2005, em Campinas.