OPINIÃO
Nosso turismo: agora vai?
Salto já fez várias tentativas para incrementar o nosso turismo: nos primeiros 270 anos, só tínhamos a cascata a oferecer como atração, numa época em que ela não era um fio d’água, não passava por ela a poluição vinda da região metropolitana e nem se imaginava que uma espuma branca e malcheirosa iria dar ao Tietê o aspecto de um rio europeu tomado pela neve e pelo gelo. Em 1968, no governo Joseano Costa Pinto, o Restaurante do Salto proporcionou a vinda de pessoas da capital e de várias cidades do Estado, que vinham saborear o pintado na brasa e outros pratos com peixes que se imaginava fossem do Tietê. Para o turismo, embora esse fosse o objetivo, não significou muito, pela efemeridade da medida. Passamos, então, cerca de 30 anos sem oferecer outros atrativos aos visitantes. Nessa época falava-se muito numa tal rocha de 220 milhões de anos, mas ela continuava sendo dilapidada, só parando quando Archimedes Lammoglia apresentou um projeto de lei para tombar a área onde ela se localiza. No governo Eugênio Coltro (1989/1992) foram construídos 3 parques turísticos: da Rocha Moutonnée, do Lago e das Lavras e embora o efeito também não fosse totalmente o esperado, pelo menos foi uma opção oferecida aos que nos visitam e que ajudaram a justificar nossa aprovação como estância turística. Salto tem a felicidade de ter um político preocupado com nosso desenvolvimento turístico, o atual prefeito Geraldo Garcia. Os três parques surgiram graças à sua participação como secretário de Coltro e, quando assumiu a Prefeitura (2005), procurou melhorar as condições turísticas da cidade, com a transformação da Concha Acústica em Pavilhão das Artes, implantação do Memorial do Tietê, reforma na Praça Dr. Archimedes Lammoglia, conquista junto ao Governo do Estado da Ponte Estaiada e outras iniciativas para o setor. Agora, em seu terceiro mandato, ele tornou realidade o Parque da Ilha, a ser inaugurado nos próximos dias e está reabrindo a Ponte Pênsil e o Caminho das Esculturas, esquecidos durante um bom tempo. Cabe aqui a pergunta do título: nosso turismo agora vai? Infelizmente ainda não se pode dar um sim definitivo, pois está faltando uma peça nessa engrenagem toda: o Trem Republicano. Mas Geraldo também está brigando, assim como fez em seus mandatos anteriores, para que ele finalmente seja colocado à disposição dos turistas. Vai levar ainda um ou mais anos, mas uma coisa é certa: ele vai coroar as medidas tomadas e quando se incorporar ao trajeto que começa em nossa antiga Estação Ferroviária, passa pelo Museu, pela Ponte Estaiada, Praça Archimedes Lammoglia, Memorial do Tietê, Ponte Pênsil, Caminho das Esculturas e Parque da Ilha, com “escapadas” para os 3 parques já instalados, os turistas virão aos borbotões. Pelo menos é o que se espera.