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QUEM FOI QUEM

Flávio Pretti foi considerado um mestre

da pintura impressionista do Brasil


Flávio numa de suas exposições realizadas em Salto – junho de 1980

Flávio Pretti pode ter seu nome relacionado como um dos saltenses de maior destaque nos mais de 300 anos de história do município. Grande pintor, ele foi considerado durante muitos anos, um mestre da pintura expressionista do Brasil. Nascido em 7 de setembro de 1909, desde muito cedo começou a se destacar na pintura, usando, ainda criança, carvão para fazer seus desenhos nas calçadas da então cidadezinha onde nasceu. Aos 16 anos de idade passou a receber ensinamentos do professor José Bersano, quando já trabalhava na seção de desenhos “Jacguard” da Brasital S.A. Pelo fato de prestar serviços a essa indústria, sua família teve direito a morar numa das casas da empresa, localizada na esquina das ruas 23 de Maio e José Revel. Ali sua mãe mantinha um atelier de costura e pequena boutique.

“Homens que construíram esta cidade, azulejos na entrada da Ponte Pênsil – novembro de 1968

Flávio se mudou para São Paulo em 1929, quando já contava 20 anos de idade, empregando-se como desenhista técnico nas indústrias Matarazzo, transferindo-se para o Rio de Janeiro 4 anos depois, onde atuou na Cia. América Fabril, na qual desenvolvia padronagens de tecidos. Na “Cidade Maravilhosa” completou seus estudos sobre pintura na Escola Nacional de Belas Artes, participando de um dos seus núcleos, o denominado “Barnardelli”. Nessa época fazia também charges para o Jornal de Notícias do Rio.

Voltou para São Paulo em 1940, onde instalou o atelier “Publicidade Flavis”, passando a se dedicar também à ilustração de livros para a Editora Mestre Jou e para a Editora do Mestre, ao mesmo tempo em que expunha suas pinturas na Associação Cristã de Moços, além de trabalhar para a criação de joias para a firma Herdo.

Homenageado pelo presidente Ananias Lúcio Barros, na Câmara de Salto – junho de 1992

Recebeu diversos prêmios durante sua carreira, como a medalha de ouro por “Calouros”, do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, tendo ainda exposta sua obra “Chegança” no Departamento Histórico da Prefeitura de São Paulo; outras nos Hotéis Ter Graif, em Miami Beach, na Galeria do Carmo, no Sesc S. Paulo, na Cia. Santo Amaro de Automóveis e em outros locais. Também realizou diversas exposições de seus trabalhos em São Paulo, São Carlos, Tatuí, Itapecerica da Serra, Santana do Parnaíba, além de Salto. Foi ainda homenageado pela Câmara de Salto, em junho de 1992, recebendo o título de Cidadão Emérito. Várias famílias saltenses têm obras de Flávio, doadas ou adquiridas.

Autorretrato e um desenho de sua autoria: quando ele começou a fazer seus desenhos nas calçadas

Em Salto, na década de 1960, foi o autor dos azulejos existentes na entrada da Ponte Pênsil, denominados “Os Homens que construíram esta cidade” (o índio, o escravo, o bandeirante, o padre, o agricultor e o industriário, além de painéis sobre “Imigração”, “Ciência”, “Caça e Pesca”, “Indústria”, “Agricultura” e “Arte”). Também pintou azulejos no Ginásio Municipal de Esportes, 7 painéis para o interior do Restaurante do Salto, que desapareceram na enchente de 1983.

Flávio Pretti faleceu na capital em 31 de maio de 1996, aos 86 anos.

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