top of page

CAUSOS

Em 1983 “pescava-se” botijões de gás,

garrafas de cerveja, etc., no Rio Jundiaí


Em fevereiro de 1983, primeiros dias do governo do prefeito Pilzio Nunciatto Di Lelli, Salto sofreu uma de suas maiores enchentes. Tanto as águas do Tietê como as do Jundiaí subiram muito e isso proporcionou algo inacreditável: os saltenses podiam “pescar” na ponte sobre o segundo rio, botijões de gás e os mais diversos tipos de mercadorias. Foi formada até uma “Turma do Pega-pega” e como ela era integrada apenas por homens, a preferência maior era pelas garrafas de cerveja, que podiam ser alcançadas sem muito esforço, pois como as águas chegavam pouco abaixo do piso da ponte, era só agarrá-las. Quanto aos botijões de gás, eles eram fabricados na indústria Picchi, que podia ser acessada através da Praça Álvaro Guião, a da Estação. Como foi atingido o depósito da fábrica, os botijões seguiam pelo leito do rio, mas não passavam da ponte sobre o Jundiaí, onde eram recolhidos com a maior facilidade. Havia até funcionários da Picchi no “pega-pega”, os quais declararam ao jornal Taperá na época que era muito mais fácil recolher do que fabricar os botijões. O assunto mereceu destaque no Taperá, merecendo inclusive um comentário do Boca-de-Siri: “Como muitas garrafas foram levadas pela correnteza, não se admirem se daqui a algum tempo, numa conversa de pescadores (nas quais contam-se muitas mentiras), um deles relatar que numa só pescaria pegou 3 Antarcticas, 4 Brahmas e 3 Kaisers. Só que era verdade”.

Posts recentes
bottom of page