CAUSOS
Repórter fez jornalista morto “ressuscitar”
Geralmente acontece com jovens jornalistas que são escalados para fazer reportagens em outras cidades, os quais, por não conhecerem devidamente nomes de pessoas, bairros, etc., acabam fazendo confusão, criando até motivo para gozações.
Os casos são os mais variados, mas lembramo-nos de um, particularmente, que aconteceu no final da década de 1980, quando o prefeito de Salto era Eugênio Coltro. Às quartas-feiras acontecia a entrevista coletiva e numa delas, em virtude de Coltro ter viajado para São Paulo, quem atendeu a imprensa foi seu chefe de Gabinete, Fernando de Noronha. Isso aconteceu numa pequena sala, ao lado do gabinete do prefeito, que era utilizada como Sala da Imprensa.
Depois de fornecer o noticiário, Noronha respondeu a diversas perguntas e, ao final, foi entrevistado pelo representante do jornal Periscópio de Itu, um nissei. Terminada a entrevista, ele saiu da sala, mas ao dirigir-se para a saída lembrou-se que esqueceu de perguntar o nome do chefe de Gabinete, a quem não conhecia, para citar em sua reportagem. Não precisou nem abrir a porta, lá estava escrito: “Sala de Imprensa - Oswaldo de Souza Aguirre”, que imaginou fosse o nome de Noronha.
Foi embora e, na edição do sábado seguinte a matéria foi publicada, começando mais ou menos assim: “A reportagem entrevistou o chefe de Gabinete do prefeito, senhor Oswaldo de Souza Aguirre, que declarou...”.
Oswaldo de Souza Aguirre, além de escrivão de Polícia, era redator dos jornais locais, nas décadas de 1930 e 1940 e, como homenagem a sua pessoa, foi dado seu nome à Sala de Imprensa da Prefeitura...