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OPINIÃO

Como será a nova Zona Azul?

Depois de um período em que a Zona Azul de Salto não funcionou porque alguém esqueceu de mandar imprimir os talões que estabeleciam os períodos de estacionamento pago em algumas vias públicas de Salto, ela voltou quarta-feira e no mesmo sistema antigo. Aquele que deixa doido os proprietários de veículos, que querem adquirir o seu cartão para não contrariarem a lei e não virem a sofrer multas e, quando acham, chegam ao seu veículo para colocá-lo no para-brisa e verificam que já foram multados. Esse sistema arcaico precisa e deve ser alterado e isso foi tentado na administração municipal anterior, quando se tentou implantar um sistema moderno, inclusive com parquímetros, que não deu certo. Agora o atual chefe do Executivo pretende tornar a Zona Azul mais adequada aos novos tempos e anuncia alterações que se espera não sejam muito complicadas, pois já há quem preveja que elas podem deixar de cabelo em pé aqueles que não são muito afeitos ao uso da internet ou aos smartphones. Mas que há necessidade de mudança, disso não há nenhuma dúvida. Se alguém percorrer os municípios do nosso Estado e até do nosso País, verá que existem os mais diversos tipos de estacionamento pago nas vias e logradouros públicos, desde os mais simples aos mais complicados. Por exemplo, recentemente em Águas de Lindoia verificamos que lá a Zona Azul funciona de uma maneira que ainda não conhecíamos: o sujeito estaciona seu veículo na área abrangida pelo estacionamento pago, a seguir dirige-se a um dos vários postos autorizados (que são em bom número e em locais estratégicos) e lá revela sua pretensão de permanecer 1 ou 2 horas no ponto onde estacionou. O preço é de 2 reais para 1 hora e 4 reais para 2 horas. O atendente pergunta a chapa do veículo e sua marca, e as digita numa dessas maquininhas parecidas com as de pagamento de compras, da qual sai um comprovante. Esse comprovante não necessita ser colocado no para-brisa do veículo, pode ser levado no bolso (o carro pode estar estacionado num local distante), pois a organização responsável pela Zona Azul repassa os dados do veículo e o horário em que foi paga a 1 ou 2 horas e assim que um desses períodos terminar, um dos vários guardas que circulam pela cidade recebe um aviso de que o estacionamento do veículo está irregular. Então ele vai até o local do estacionamento e aplica a multa. Não se sabe ainda quais serão as exigências da Prefeitura para as empresas que postularem a execução do serviço, mas o que se espera é que o sistema a ser adotado seja moderno, mas não complicado demais; que aqueles que desejam pagar pelo estacionamento não tenham que fazer uma verdadeira maratona pelas ruas da cidade e que ao invés de enervar, a Zona Azul seja um instrumento que favoreça o usuário e que proporcione os dividendos que a Prefeitura merece e precisa.

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