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CAUSOS

Um bonde veio passar seus últimos dias em Salto


No primeiro governo do prefeito Jesuíno Ruy (1969/1972) Salto ganhou um presente da CMTC, que cuidava do transporte coletivo com seus bondes, na cidade de São Paulo. Era nada mais nada menos que um bonde, que tinha sido “aposentado” por não mais servir devidamente os paulistanos. A ideia inicial era aproveitá-lo turisticamente, talvez até trocando as rodas de metal por pneus, transportando turistas pelas ruas da cidade, mas isso acabou não acontecendo. Outras ideias também surgiram, como colocá-lo na ilha atrás da Concha Acústica, mas acabaram abandonadas.

Enquanto isso, o bonde foi colocado no terreno onde hoje se situa a Biblioteca Municipal e que já foi Clube dos Trabalhadores, na Praça Paula Souza. Sem nenhuma fiscalização, ele acabou sendo invadido por vândalos, que retiraram alguns materiais e inutilizaram outros. A então Revista Taperá fez várias críticas, principalmente pelo fato do bonde apresentar-se todo arrebentado e sujo no centro da cidade. Ele acabou sendo transferido para a então Praça da Vitória (hoje Tancredo Neves), no Parque Bela Vista e ali “viveu” seus últimos dias, acabando por ser incendiado.

O bonde foi motivo de piadas e até foi “entrevistado” por um colunista da revista, Otto Mazzei Ciáccio, para o qual ele “dizia” que estava muito sozinho e abandonado, por isso pedia que colocassem ao seu lado “uma bonda”.

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