top of page

QUEM FOI QUEM

Cláudio Ribeiro da Silva, professor com

muitas atividades na cidade


Professor Cláudio Ribeiro: atuação destacada na coletividade

O professor Cláudio Ribeiro da Silva veio para Salto quando ainda a cidade não tinha uma escola estadual, por isso passou a lecionar numa escola isolada noturna, que funcionava na Rua Dr. Barros Júnior. Ele tinha se formado no Instituto Caetano de Campos, na Praça da República, em São Paulo, em 1911 e foi lecionar inicialmente numa escola isolada de Joanópolis, de onde veio para Salto. Aqui aguardou o término da construção do Grupo Escolar Tancredo do Amaral, ao qual foi anexada a escola isolada onde ele atuava, além de outras existentes na época em 1913.

Inicialmente trabalhou como substituto efetivo, desde abril de 1914, após o que foi nomeado professor adjunto, permanecendo até 1923 nesse cargo. Havia se casado logo depois que o “Tancredo” começou a funcionar, em 2 de maio de 1914, com Francisca de Carvalho, com a qual teve 2 filhos: Jason e Josar.

Deixou Salto para ocupar a direção do Ginásio Estadual Major Prado, de Jaú, em 1923, mas no ano seguinte voltou como diretor da escola onde havia lecionado antes, a “Tancredo do Amaral”, só deixando esse cargo em 1935, quando foi nomeado inspetor escolar da região de Lins. Mas nesse mesmo ano foi nomeado para a região de Tietê e logo depois para a de Sorocaba. Aposentou-se em 1946, fixando residência em Salto, onde morreu e foi sepultado em 1958.

O Grupo Escolar Prof. Cláudio Ribeiro foi construído em 1959 na Praça XV de Novembro

Atividades – No período em que trabalhou em Salto teve uma vida ativa na comunidade, não se limitando a dirigir o Grupo Escolar Tancredo do Amaral. Durante a revolução de 1924, comandada por Isidoro Dias Lopes, sua escola abrigou sob sua responsabilidade, inúmeros refugiados das áreas de conflagração, montando, no galpão do recreio, uma grande cozinha, abrigando nas salas de aula dezenas de pessoas que dormiam em colchões e recebiam alimentação fornecida pelo comércio e pela população local.

Na outra revolução, a de 1932, organizou grupos de pessoas que levavam cestas de frutas para distribuir aos soldados que passavam em enormes comboios pela estação da estrada de ferro local. Dois anos antes, em 1930, ele havia criado a Biblioteca Infantil para difundir o gosto da leitura pelos alunos.

Também montou, com a ajuda do major Garrido, prefeito-interventor, em 1932, um cinema educativo na escola Tancredo. Dois anos depois, em 1934, fundava uma Cooperativa Escolar, que fornecida material aos alunos mais carentes, constituindo-se no precursor dos “caixas escolares”. Surgiu também a Merenda Escolar, com o auxílio das famílias com maiores recursos, que colaboravam na distribuição de lanches às crianças subnutridas e às vezes até uniforme escolar.

Até mesmo o sonho da casa própria o professor Cláudio conseguiu realizar para diversas famílias, construindo, quando voltou a se fixar em Salto, após sua aposentadoria, dezenas de casas modestas, na Vila Teixeira, nas proximidades da atual Praça XV de Novembro, que ainda não existia. Essas casas se situavam nas ruas Tiradentes e Barão do Rio Branco e eram vendidas às famílias humildes, em módicas prestações.


Antes de ser inaugurado, o grupo sediou a 1ª Exposição Industrial realizada na cidade (1958)

Homenagem – Como reconhecimento ao seu trabalho na cidade, seu nome foi dado à escola construída em 1959 na Praça XV, onde existia o “Cemitério Velho”, que foi desativado no ano anterior. A Escola Estadual Professor Cláudio Ribeiro da Silva foi o segundo grupo escolar que funcionou na cidade e hoje abriga centenas de alunos. Foi uma justa homenagem a um mestre que se dedicou ao ensino e também a procurar oferecer uma vida mais digna a muitas famílias saltenses.

Posts recentes
bottom of page