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OPINIÃO

Diagnóstico de Salto em seus 320 anos


Nosso município está comemorando hoje 320 anos de existência e o momento é oportuno para avaliar como está sua situação, em seus mais importantes setores. Cada um tem sua opinião, nós temos o privilégio de poder utilizar este jornal para expormos nosso ponto de vida, que pode ou não ser compartilhado pelos leitores. Saúde - A principal preocupação dos governantes e da população é a Saúde Pública, setor que proporciona os maiores problemas, pois aqueles que não têm um plano de saúde (e em alguns casos até os que têm) sofrem para a marcação de consultas e realização de exames. Temos dois hospitais na cidade e o destinado à maior parte da população é o Municipal (Nossa Sra. do Monte Serrat) é aquele em que a situação é mais crítica, principalmente no Pronto Socorro Municipal, que atende cerca de 11 mil pessoas por mês (o outro é o da Unimed). O AME, órgão estadual, funciona normalmente, mas o Ambulatório Médico Municipal, não é gerido pelo São Camilo, mas pelo município. Neste faltam médicos, a demora de atendimento é superior a 4 meses e o local não é apropriado. Cite-se ainda que doenças como a dengue, H1N1 e febre amarela voltaram a incomodar. Poderá haver melhoras no futuro, mas uma solução definitiva será difícil. Educação - A Educação é outro setor importante e neste a situação é bem melhor. De bom temos a volta do diálogo com a União para a construção do prédio do IFSP, duas creches foram inauguradas e estão em funcionamento parcial, embora a terceira, a do Laguna, infelizmente ainda não saiu do papel. O prefeito enviou projeto à Câmara, para melhorar a situação dos professores e ADIs, que poderia ser melhor, mas pelo menos a proposta aconteceu. De ruim tivemos o inexplicável atraso no fornecimento de material escolar e a má manutenção de alguns prédios escolares. Empregos - A cidade continua não anunciando novas empresas de porte, só entrando em funcionamento as que já estavam acertadas. Nesse aspecto a administração vai mal, sendo necessária uma ação mais proveitosa da secretaria responsável pela atração de empresas, setor que funcionou muito bem na administração passada e que agora ainda não funcionou. Com isso a criação de empregos não tem o crescimento que se desejaria, o que pode piorar se a Sil, que havia anunciado sua vinda para Salto, criando cerca de 400 empregos, desistir de sua instalação. A criação do Plano Diretor pode ajudar Salto a definir prioridade para a criação de loteamentos industriais, surgindo novos empregos. Comércio – O comércio local é quem tem mais sentido a crise que afetou o país, começa a dar sinais de recuperação, inclusive melhorando o índice de empregos neste ano. Isso é bom, pois as vendas incentivam os comerciantes a fazer novos investimentos. Segurança – A redução de um número considerável de crimes demonstra que a Polícia Militar está mais atenta, realizando não só um trabalho repressivo, mas também preventivo, com suas viaturas percorrendo os bairros da cidade. Não é possível estar em todos ao mesmo tempo, mas nos que for possível, é bom que estejam presentes. A Polícia Civil, com a falta de um número maior de integrantes, principalmente investigadores, está impossibilitada de se equiparar à Militar e por isso a grande maioria dos crimes não são desvendados (às vezes nem investigados). Ressalte-se também a atuação da Guarda Civil Municipal, que assim como a Polícia Militar, atua eficazmente na prisão dos traficantes, apreendendo grande quantidade de drogas. O ruim do setor de Segurança é a falta de um número maior de delegados, além e principalmente uma titular para a Delegacia da Mulher Trânsito – Em horários de pico e até fora deles nosso trânsito é caótico, o que acontece nas vias principais do centro e algumas dos bairros, principalmente nas regiões noroeste (Jardim Saltense, Nova Era, etc.), leste (Jardim das Nações, Planalto, etc.) e sudoeste (Jardim Sta. Cruz, Monte Serrat, etc.). Isso tem provocado muitos acidentes, principalmente envolvendo motos. De positivo temos a implantação de algumas lombo-faixas, reforço da sinalização viária, nos próximos dias obras viárias em trevos e rodovias, dentre outras coisas. Por falar em lombo-faixas, as “lombadas assassinas”, aquelas completamente fora do padrão exigido pela lei, continuam sem merecer uma correção, diminuindo a altura, que em alguns casos é escandalosa. Destaque-se também a realização de um concurso público para a contratação de mais agentes de trânsito. De ruim deve-se lamentar a demora na instalação dos radares, uma definição para a Zona Azul (sem aquele aumento absurdo proposto e retirado) e o atraso também na instalação de câmeras para o monitoramento pelo menos na região central. Meio ambiente – O fato de ganharmos o 7º lugar no Selo Verde Azul não quer dizer que o setor mereça grandes elogios. Também na administração passada tivemos ações mais constantes, mas deve-se ressaltar a plantação de muitas árvores em diversos pontos do município e a inauguração de mais dois ecopontos (ainda insuficientes), em parcerias privadas. Infelizmente, para contrabalançar (e bastante) continua faltando uma maior ação (e até uma campanha através de boletins distribuídos nos bairros, publicações na imprensa escrita e falada) junto aos moradores que emporcalham a cidade, jogando toda espécie de lixo, móveis, isopor, peças de madeira, etc. por todo lado. A poluição do Tietê, nossa “companheira” há décadas, é outra coisa que se deve lamentar, o que certamente vai acontecer por muito tempo ainda. Cultura – Na área cultural estamos bem, graças ao apoio que a administração está dando ao atuante secretário Sandro Bergamo. Voltaram a ocorrer eventos suspensos em virtude da crise, assim como a volta de oficinas de qualificação de artistas e novas promoções, como o Prêmio Canto do Taperá e o Festival de Teatro, que alcançaram grande sucesso. Os espetáculos na Sala Palma de Ouro, muitos deles gratuitos, também são numerosos. Esporte – No esporte, a Secretaria, comandada por Eliano A. de Paulo, tem realizado muitas atividades, dando apoio a modalidades que estavam paralisadas ou “devagar”, como o handebol, basquete, vôlei; as escolinhas atendendo cerca de 1.000 crianças, etc. Foi boa também a retomada das negociações entre a Liga Desportiva, e os clubes amadores, intermediadas pela Secretaria. Enquanto isso, diversos atletas brilham em modalidades diferentes, como Bruno Carra, Lucas Halter, Diego Batista, Giovana Martins, dentre outros. Falhas existem na manutenção das praças esportivas, o que se explicaria pela verba reduzida - menos de 1% do orçamento para o esporte. Plano Diretor – Foi iniciado o trabalho visando a revisão do Plano Diretor, devendo ser realizadas cerca de 20 reuniões com representantes dos mais diversos setores da vida do município. Para que daqui a alguns anos possamos fazer, nesta coluna, um diagnóstico mais positivo do município, é importante a participação de todos, pois um trabalho bem feito vai beneficiar a todos nós.

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