OPINIÃO

Três grandes festas numa época só

A Secretaria da Cultura está anunciando para os próximos três meses, três grandes festas, que inclusive já se tornaram tradicionais, pelo menos para os saltenses: a Festa Ítalo-Saltense, que acontecerá no final deste mês de julho; a Festa Nipo-Brasileira, programada para o próximo mês de agosto e a Festa do Salto, no início do mês de setembro. Não é muita festa para um reduzido espaço de tempo? O mais curioso é a pergunta que se tem que fazer: isso será bom para a cidade, no que se refere à divulgação para atrair mais gente? A Festa do Salto, por exemplo, era famosa não só na região, mas em todo o Estado, até a década de 1960, quando os trens circulavam trazendo muitos ituanos, os ônibus despejavam visitantes de cidades vizinhas e vinha muita gente de São Paulo, geralmente os que tinham parentes em Salto. Hoje isso não mais acontece, mesmo porque a festa se transformou em duas e só nos últimos anos é que tem lugar certo para se realizar. A Festa Ítalo-Saltense começou muito bem em 1997, nas dependências da antiga indústria Brasital, mas depois, com a proibição da realização nesse local pelo Corpo de Bombeiros, por falta de segurança, andou de lá pra cá, de léu em léu, chegando até a não acontecer em alguns anos. Sua volta neste ano é bem-vinda, mas o mês mais adequado para sua realização seria junho, fazendo parte das comemorações pelo aniversário da cidade, como antigamente. A novidade é que neste 2018 ela acontecerá na Praça Antônio Vieira Tavares, mas o espaço reduzido será colocado à prova. Veremos que comportará o público apenas num dos lados da praça referida e nos seus espaços centrais. Por último, a Festa Nipo-Brasileira, que tem se destacado das demais pela grande presença de pessoas de Salto e de cidades vizinhas, principalmente representantes da colônia japonesa no Estado, deverá se realizar em agosto, como sempre tem ocorrido. Esta será no lugar (Praça Dr. Archimedes Lammoglia) e no tempo certo, mas logo após sua realização teremos a Festa do Salto, no início de setembro. A última festa citada não pode mudar, pois acontece quando se comemora o Dia da Padroeira, em 8 de setembro, mas poder-se-ia pensar em alterar as outras duas para meses anteriores, como abril ou maio, ou no final do ano, como outubro e novembro. É preciso saber, porém, se não existem impedimentos maiores para as mudanças, ou seja, alguns compromissos assumidos, datas que precisam ser respeitadas, etc. O que não pode é ficar na situação atual, além de um outro problema que existe há tempos e que está difícil de ser superado: a criação de um local específico para a realização de festas, o que facilitaria bastante para os participantes, já que toda a infraestrutura seria colocada à disposição deles. Além disso, com datas pré-estabelecidas, poder-se-ia fazer uma divulgação mais eficiente para trazer até Salto pessoas de outras cidades, que aproveitariam para conhecer nosso potencial turístico.