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QUEM FOI QUEM

O único interventor que Salto teve era um

líder bonachão, querido e respeitado


Major Garrido foi o 1º e único interventor que Salto teve

Até 31 de dezembro de 1930, Salto era governada por uma Junta Provisória, integrada por pessoas da comunidade, mas em 1º de janeiro do ano seguinte era criada a primeira Prefeitura Municipal, o que também acontecia em outras cidades do país. Foi quando teve início a Era Vargas, período da história do Brasil entre 1930 e 1945, que compreende a Segunda República e a Terceira República (Estado Novo). Os municípios deixaram de eleger seus representantes e o prefeito foi substituído por um interventor, sendo que no caso de Salto o enviado pelo Governo Federal foi um militar, o major José Garrido.

Ele contava com algumas pessoas da cidade que integravam um Conselho Consultivo, formado por Francisco de Arruda Teixeira, Luiz de Almeida Campos e Jesuino Rodrigues de Moraes. O major Garrido prontamente se integrou à comunidade, adotando seus costumes e por isso era querido e admirado por todos. Do tipo bonachão, estava em toda parte, liderando muitos acontecimentos que ocorriam naquela época, inclusive em festas populares, como o carnaval.

O interventor com autoridades e cidadãos locais (à dir., fardado) num evento realizado em 1931

Ele permaneceu em Salto durante um ano e meio (de 1º de janeiro de 1931 a 10 de junho de 1932) e foi um governante preocupado com o progresso da cidade e bem estar dos saltenses, realizando algumas obras importantes, como a construção de uma ponte de ferro ligando o Jardim Público à Ilha dos Amores; realizou os primeiros calçamentos de vias públicas, começando pelo quarteirão da Rua 9 de Julho, da praça até a atual Rua Monsenhor Couto (naquela época 7 de Setembro); melhorou as calçadas, alargando-as e dotando-as de ladrilhos; melhorou a iluminação pública: criou o primeiro brasão de Salto e também realizou o primeiro levantamento topográfico do município.

Movimentou a cidade, criando o Centro Popular de Educação Física e Moral; com a colaboração de saltenses adquiriu um aparelho de rádio que instalou no Jardim Público, atraindo muitas pessoas que se dirigiam ao local para ouvir músicas e o noticiário nacional.

O major Garrido deixou Salto para assumir o comando do Quartel de Itu, deixando em seu lugar um dos integrantes do Conselho Consultivo, Francisco de Arruda Teixeira. Este passou, então, a dirigir a 2ª Prefeitura Municipal, auxiliado por um Conselho Consultivo, formado por outros cidadãos indicados por ele.

Quando deixou Salto o lamento foi geral, pois apesar de ser imposto aos habitantes do município, era querido e admirado por todos, não só pelos seus dotes pessoais, mas também pelas obras executadas e pela união que impôs e que mereceu a adesão da grande maioria dos saltenses.

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