top of page

QUEM FOI QUEM

Souza Aguirre, orador de todas as ocasiões

e redator de vários jornais


Souza Aguirre viveu em Salto de 1920 até 1950

Durante 30 anos, de 1920 a 1950, Osvaldo de Souza Aguirre foi uma figura conhecidíssima na cidade, principalmente pelo fato de ser o escrivão de Polícia e de ser o orador em todas as comemorações cívicas que aconteciam na cidade. Mas tinha outra função importante: o de ser o principal redator dos vários jornais que surgiram na cidade no período em que residiu em Salto.


Como escrivão de Polícia, geralmente estava entre as autoridades da cidade, como o prefeito e vereadores, pois o delegado estava quase sempre ausente, pelo fato de residir em outra cidade ou então porque não havia ninguém exercendo esse cargo em alguns períodos, na cidade.

Como orador, era eloquente e nome certo para usar da palavra por ocasião dos eventos que aconteciam em datas importantes, quando boa parte da população participava. Também era escalado para recepcionar alguma autoridade civil ou religiosa que visitava a cidade.

Na imprensa local notabilizou-se como figura importante, pois participou da fundação de vários jornais e da redação dos mais diversos artigos nos jornais que circularam na cidade nos 30 anos em que viveu em Salto. Escrevia sobre os mais variados assuntos, inclusive fazia poesias e acrósticos. Sua “estreia” foi em O Saltense, do qual era diretor e que surgiu em 20 de agosto de 1921. Atuou anonimamente em outros jornais, até que em 2 de junho de 1928 aparecia como redator-chefe do Correio de Salto. Num artigo de sua autoria, dizia: “a boa imprensa é como a flor: embriaga e encanta pelo perfume e encanta pela forma, apresentando, no entanto, para os que com ela privam, apenas os espinhos que ferem”.

Souza Aguirre foi o responsável pela maioria dos editoriais e dos muitos artigos publicados em O Povo, jornal que durou cerca de 8 anos, apresentando algumas novidades, como a primeira página impressa em duas cores e a colagem de anúncios coloridos em seus exemplares. Em 1940, Souza Aguirre atuou em outro jornal com o nome de Correio de Salto, como redator-chefe. Esse jornal foi o primeiro a publicar um clichê em sua primeira página. Em O Município, último jornal saltense do qual participou e que circulou durante apenas algumas semanas, em 1941, Souza Aguirre era um dos 3 colaboradores.

Além dessas atividades, Souza Aguirre era um faz-tudo na cidade, tomando parte nos movimentos cívicos, esportivos, sociais e até em serenatas, elaborando atas e estatutos de várias entidades locais. Foi diretor da Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal (SIRI), em 1928, como orador oficial, atuando também em outras sociedades e clubes esportivos de Salto.

Era filho de Olímpia de Souza Barreto e de Aureliano de Aguirre, tendo nascido em Monte Mor, em 11 de fevereiro de 1896. Faleceu em Santo André, onde vivia em seus últimos anos de vida, em 26 de abril de 1965, tendo sido sepultado em Salto, no Cemitério da Saudade.


Homenagens – Em reconhecimento ao seu envolvimento com a imprensa, em 19 de novembro de 1967 foi dado seu nome a uma das salas da Prefeitura de Salto. Também existe uma rua com seu nome, no Jardim Maria José.


Paulo Maluf usa da palavra na inauguração da Sala de Imprensa “Osvaldo de Souza Aguirre”, na Prefeitura, aparecendo os vereadores Mário Dotta, Flávio Della Paschoa e Eugênio Coltro, deputado Archimedes Lammoglia e José Maria Servilha
Posts recentes
bottom of page