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OPINIÃO

Nossos candidatos têm chance de se eleger?

A sorte está lançada. No dia 15 último foram definidos os candidatos a cargos eletivos nas eleições de outubro próximo, ficando estabelecido também que serão 7 candidatos de Salto, quatro a deputado federal (Mércia Falcini, Ângelo Domingos Nucci, padre Silvio Andrei e Osmar Della Paschoa) e três a deputado estadual (Laerte Sonsin, Kiel Damasceno e Marquinhos Cred Mais). Defendemos sempre a união dos possíveis candidatos da cidade, sendo indicado apenas um, tanto para deputado federal como para deputado estadual. Temos mais de 80 mil eleitores aptos a votar e se essa união acontecesse, talvez nossos candidatos alcançassem 50 ou 60 mil votos cada um, que, dependendo do partido, poderiam até ser eleitos. Mais uma vez serão vários candidatos e os votos dos saltenses irão se dispersar, inclusive muitos que aqui residem irão destinar seus sufrágios para candidatos de fora, por razões das mais diversas. A princípio, a possibilidade de Salto eleger um deputado, tanto para a Câmara Federal como para a Assembleia Legislativa estadual, é remota, mas deve-se levar em conta que aquela pretensão (que não se tornou realidade) de se elegerem os que obtiverem maior número de votos, não vai ocorrer. Assim, como aconteceu em eleições anteriores, candidatos com expressivas votações poderão ficar de fora e outros, menos votados, poderão ocupar uma cadeira numa das casas legislativas. É que a lei eleitoral privilegia os partidos e não os candidatos. Ou seja, o partido que tiver maior número de votos vai eleger uma quantidade de candidatos maior do que aquele que não atingir o quociente, apesar de um ou dois obtiverem votações expressivas. Ainda é cedo para fazer uma análise sobre as possibilidades de algum (ou alguns) candidato saltense ser eleito. No entanto, poderemos fazer uma avaliação, levando em conta a situação atual. Para a Câmara Federal, por exemplo, vamos verificar que o Ângelo Domingos Nucci, o eterno candidato, vai encontrar as mesmas dificuldades de sempre, mas pode surpreender se o candidato com quem faz dobradinha, o vereador Kiel, tiver uma boa votação, levando-o na “carona”. Mércia Falcini é uma incógnita, pois tem suas qualidades pessoais, como professora atuante, mas terá que trabalhar muito para obter uma votação que a coloque com possibilidades de se eleger, pois é novata na política. O padre Silvio Andrei, por sua vez, que confirmou sua candidatura nesta semana, nos parece com as melhores chances dentre os três, pois está num partido (PR) que tem o deputado Tiririca (que anunciou a aposentadoria e voltou atrás) como grande puxador de votos, embora não se acredite que ele chegue aos números das eleições anteriores. Além disso, o padre Silvio tem trabalhado bastante, visitando inúmeras cidades, nas quais consegue, com sua facilidade de expressão, captar a simpatia (e possivelmente os votos) das pessoas com quem mantém contato. Ele considera que com 70 ou 80 mil votos teria condições de se eleger, contando com uma boa votação em Salto, onde é bastante admirado pela coletividade católica e em cidades vizinhas, com as quais mantém contato quase que permanente. Por último, temos uma outra incógnita, Osmar Della Paschoa, sobre cuja candidatura não se ouvia falar. Quanto aos três candidatos a deputado estadual, Laerte Sonsin teve uma votação surpreendente para prefeito nas eleições de 2016 e angariou a simpatia de muitos saltenses, pelas suas qualidades pessoais e pela disposição em obter votos também fora de Salto, mais especificamente nas cidades próximas. Pode chegar lá, pois talvez se beneficie numa dobradinha com o padre Silvio que os eleitores saltenses podem considerar, embora seu candidato a deputado federal seja outro. Quanto a Kiel, comenta-se que ele está fazendo um trabalho em outras cidades, que pode se somar aos votos que teria em Salto, pois as opções na cidade são apenas três, mas candidatos de fora obtêm muitos votos aqui. Assim como Osmar Della Paschoa, Marquinhos Cred Mais é outra incógnita, pois nunca ocupou um cargo eletivo na cidade. Este comentário é apenas uma opinião que pode ou não ser compartilhada pelos leitores. E o tempo, estes cerca de dois meses anteriores ao pleito, pode mudar muita coisa e talvez tudo mude, dependendo do trabalho, ou da falta de, dos candidatos de nossa cidade.

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