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OPINIÃO

Salto e a atual situação eleitoral


Em conversas que temos mantido com uma quantidade considerável de saltenses, notamos que eles ainda não tem ideia para quem irão destinar seus votos nas eleições de 7 de outubro próximo. A grande maioria está – e com razão – desiludida dos políticos brasileiros, que nos últimos tempos tiveram descobertas as sacanagens que fizeram, roubando o dinheiro público, o que quer dizer que – por tabela – roubaram a nós também, que pagamos nossos tributos. Existem aqueles cuja atitude criminosa foi descoberta e comprovada, como por exemplo o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para só citar dois exemplos bastante conhecidos. Por outro lado temos aqueles que durante suas campanhas políticas utilizaram-se descaradamente do caixa 2, solicitando às grandes empresas doações milionárias, com o evidente intuito de um dia retribuir, aprovando leis que os favoreceriam. O caixa 2 existe há muitos anos e era praticado em praticamente todo o país. Dificilmente se encontra um político que realizou sua campanha utilizando apenas recursos próprios ou fornecidos legalmente para o seu partido. As campanhas sempre tiveram um custo maior que o previsto e por isso eles se utilizavam desse expediente para conseguir o dinheiro necessário para ter um poder de convencimento junto aos eleitores acima do desejado. As grandes empresas, como a Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, grupo JBS e outras, tinham interesse em contar com a colaboração dos políticos com chances de se eleger e por isso não titubeavam em destinar-lhes verbas consideráveis. Parte delas era considerada como doação de campanha, mas a maior parte entrava por fora, como dinheiro vivo para não deixar provas. Nas pequenas cidades também sempre foi utilizado o caixa 2 (Salto não é exceção). Os candidatos recorriam a algumas empresas de porte, solicitando auxílio financeiro e eram atendidos, mas na maior parte das vezes essa doação não constava dos gastos eleitorais por dois motivos: porque, se constassem, candidatos não beneficiados poderiam recorrer também a essas empresas e elas não estavam dispostas a atender aqueles sem chances eleitorais. Também porque elas não queriam aparecer como doadoras, para não despertar suspeitas. A Lava Jato está colocando um fim nisso, embora não se possa garantir que não haverá por baixo do pano alguma doação não declarada, porque tem político que, como o lobo, perde o pelo, mas não perde o vício...

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