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QUEM FOI QUEM

Agostinho, outro destaque de uma família pródiga em maestros


Agostinho Pereira de Oliveira seguiu a vocação da família

Um ramo da família Oliveira foi pródiga em maestros em Salto: começou com Antônio Pereira de Oliveira (Totico), prosseguiu com Silvestre Pereira de Oliveira e veio na sequência Agostinho Pereira de Oliveira, que teve um sucessor, Silmar Pereira de Oliveira. Não foram simples dirigentes de bandas, mas maestros que alcançaram destaque graças às suas qualidades artísticas e o fato de terem sido também compositores de músicas bastante apreciadas.

Agostinho, cuja mãe chamava-se Maria Rosa Alberti Oliveira, nasceu em Itu, provavelmente numa época em que não existia maternidade em Salto (19 de fevereiro de 1941). Foi casado com Haydé Pereira de Oliveira, com quem teve 3 filhos: o maestro Silmar Fernando, Marcos Eduardo e Lívia Milena.

Estudou no Colégio Sagrada Família, na Escola Anita Garibaldi, o curso ginasial no Instituto de Educação Regente Feijó de Itu e Escola de Contabilidade Ortiz Monteiro, de Itu. Ministrou aulas em várias escolas, dentre elas a “Prof. Lucídio Mota Navarro” (Cabreúva), Instituto de Educação de Jundiaí, Escola Regente Feijó (Itu), Escola Antonio Beretta (Itu), Prof. Paula Santos e Ginásio Industrial (Salto), Escola Agrícola (Itu) e outras.


Além de maestro, Agostinho também era um exímio pianista – janeiro de 1991

Na área musical, começou a estudar com seu pai Silvestre, depois se aperfeiçoou em São Paulo, onde se profissionalizou. Aprendeu harmonia, contraponto e intensivo de Regência Coral na ECA –USP. Regeu durante sua vida mais de dez corais e conjuntos musicais, como o Coral da Faculdade de Direito de Itu e “Vozes de Itu”.


Numa apresentação do Coral Cidade de Salto na TV Bandeirantes, o maestro Agostinho era entrevistado – junho de 1971

Nos anos 70 fez uma turnê com o Coral Cidade de Salto pelas principais cidades do Estado e, em 1979, foi fundador do Coral Cidade de Itapira, lançando um compacto duplo com o referido coral. Fez também o musical da peça “Édipo”, encenada no Teatro Verdi por atores saltenses e também participou com o coral da VI Semana do Canto Coral, promovida pelo Coral da Universidade de São Paulo e do II Festival Internacional de Corais do Brasil, em Campinas. Regeu ainda o Concerto de Encerramento da XIX Peregrinação de Natal de Itu, no dia 22 de dezembro de 1993 com o Coro e Orquestra de Câmara da Sociedade Coral Vozes de Itu.


Agostinho também dirigiu bandas de música, podendo se citar apresentações públicas nas de Americana, Nova Odessa e Salto. Pode-se citar entre suas composições, a “Missa Sagrada Família”, especialmente para o Jubileu de Ouro do Coleginho (Escola Sagrada Família). Também foi o autor de uma missa cantada em homenagem ao maestro Zequinha Marques, em setembro de 1977.

O maestro dirigindo o Coral Cidade de Salto numa solenidade na Câmara – agosto de 1983

Sua última apresentação foi no Concerto de Encerramento da XIX Peregrinação de Natal na matriz de Nossa Sra. da Candelária, de Itu, com Coro e Orquestra de Câmara e Coral Vozes de Itu, em 22 de dezembro de 1993. Estava programando, juntamente com o pianista Róberley Ferreti, um concerto no Teatro Verdi, com obras de Alberto Nepomunceno, Samuel Barber, Agostinho Pereira de Oliveira, Villa-Lobos e L.V. Beethoven, para junho de 1994, intitulado “Saudades”, quando veio a falecer, em 19 de fevereiro de 1994.

Deixou, no entanto, um trabalho em favor da música, principalmente dos corais saltenses e de outros municípios, além de outras atividades relacionadas ao mundo musical, merecendo, por isso, ser sempre lembrado como uma das principais figuras da cultura local.

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