OPINIÃO
Nossa colocação no “ranking” da Folha
Os “rankings”, levantamentos e até as pesquisas precisam ser vistos sempre com um pé atrás. Deve-se aceitar os resultados divulgados, mas não plenamente, como se fossem 100% confiáveis, pois são feitos por seres humanos e estes podem falhar ou interpretar mal os dados obtidos. O último “ranking” divulgado recentemente foi sobre a Eficiência dos Municípios, realizado pelo Datafolha, mantido por um jornal confiável, a Folha de São Paulo. Salto aparece nesse “ranking” na 2.202ª colocação, com a nota 0,469, que representa “alguma eficiência”. Se levarmos em conta que temos 5.569 municípios no país e que foram pesquisados 5.281, essa posição não é para nos causar muito orgulho, mas também não é para nos decepcionar. O mais importante para nós saltenses, que somos muito bairristas, é o fato de nossa cidade ter ficado à frente de Itu (o que não é uma grande vantagem), que apresentou “pouca eficiência” e também da poderosa Indaiatuba, que ficou 1.368 posições acima de Salto (também “alguma eficiência”). Fomos muito bem no que se refere ao saneamento básico, no qual alcançamos uma honrosa colocação, com a nota 0,971, quase o dobro da média nacional (0,5337). Saneamento básico é a atividade relacionada ao abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial, à coleta e tratamento de esgoto, à limpeza urbana, ao manejo de resíduos sólidos e ao controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades. Realmente, nos últimos anos, com a colaboração da CSO Ambiental e Sanesalto, o município tem realizado algumas ações importantes nesse setor, empregando milhões de reais para que os serviços sejam executados. Méritos, portanto, para o Executivo, não só para a administração atual, mas também para as últimas. Por outro lado, a Saúde foi o item com uma média muito baixa: 0,320, enquanto a média nacional foi de 0,500. No entanto, o que impressiona na Saúde foi a porcentagem das despesas (29%), enquanto a média nacional é de 24%. Isso ocorre porque o município gasta mais de 1,5 milhão apenas com a manutenção do Hospital Municipal, sem contar outras despesas com a Rede de Saúde, composta por unidades, funcionários, medicamentos, etc. Gastamos com a Educação pouco mais que o limite (28%, enquanto a média nacional é de 32%). Com o Legislativo, outro item abordado, nossa despesa também é 50% menor que a média nacional, que é de 4%. A princípio a 2.202ª colocação impressiona negativamente, mas analisando os números, veremos que pelo menos numa comparação com os dois municípios vizinhos, que serve de base para se tirar muitas conclusões, estamos bem na foto. Nada impede, porém, que nos esforcemos para que a situação melhore ainda mais no futuro.