OPINIÃO
Saltenses não podem se lamentar
Com a divulgação do resultado das eleições do último domingo para deputado federal e estadual, a maioria dos saltenses novamente está impossibilitada de se lamentar por nossa cidade não contar com um representante na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Dos 70.892 eleitores que votaram no pleito, apenas 12.507 deram votos aos 4 candidatos saltenses a deputado federal (17,6%) e 18.999 nos 4 candidatos a deputado estadual (26,8%). Enquanto os candidatos saltenses tiveram uma merreca de votos, os de outras cidades se fartaram: 42.923 votos para os federais e 44.774 para os estaduais. Dos 8 candidatos saltenses, o único que se destacou foi Laerte Sonsin. Embora a previsão fosse de que ele teria de 20 a 25 mil votos, ele chegou aos 16.460, mais que os sete outros somados, o que o credencia a disputar as eleições municipais de 2020, para a qual pretende concorrer novamente. Depois de Laerte, tivemos a votação do Padre Silvio Andrei, que não foi aquela que se esperava: obteve somente 6.440 votos, quando a previsão também era de 15 a 20 mil, o que poderia elegê-lo, pois teve mais de 40 mil votos em outras cidades. Alguns entendem que essa baixa votação ocorreu porque os católicos saltenses, junto aos quais ele tem (ou teria) grande prestígio, não ficaram satisfeitos com sua entrada na política, pois isso o afastou e vai continuar afastando-o da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Serrat, para a qual não deve voltar. A votação dos demais candidatos de Salto foi decepcionante: 3.873 para o dr. Ângelo Nucci, 2.250 para Kiel Damasceno, 2.125 para Mércia Falcini, 289 para Sonia Granito e 69 para Osmar Della Paschoa. Marquinhos Credi Mais teve 773 votos, mas eles não foram computados, por irregularidade em seu registro de candidatura. Quanto aos candidatos de outros municípios, que sempre tiveram excelente votação na cidade, eles também tiveram reduzidas consideravelmente suas votações. Para federal, Guilherme Mussi foi o mais votado, com 8.754 votos, abaixo dos 12.663 que teve no pleito de 2014; Dr. Ângelo Nucci, teve reduzida sua votação, pois em 2014 obteve 12.847 e agora 3.873. Para estadual, Rogério Nogueira, campeão de votos em 2014, com 23.304, baixou para 8.022; o saltense Kiel baixou de 4.378 na eleição anterior, para 2.250 neste ano. Curiosamente, os ituanos Herculano Passos e sua esposa Rita melhoraram um pouco: de 929 em 2014, Herculano passou para 1.011 neste ano e Rita de 1.928 para 2.242 (apenas Herculano se elegeu, com mais de 55 mil votos no Estado todo). Gilherme Mussi e Rogério também se elegeram, embora com votação menor. Esse foi o panorama das eleições deste ano em Salto. Mais uma vez nós, saltenses, vamos lamentar que ainda não se repetiu o que acontecia com o deputado Archimedes Lammoglia, que por 7 vezes consecutivas foi eleito, conseguindo muitos melhoramentos para nossa cidade. Quando isso voltará a acontecer? Pelo andar da carruagem, nunca.