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OPINIÃO

“Intrusos” acabaram com a hegemonia do PSDB e PT


Até as eleições de 2014 dois partidos mantinham a hegemonia em nossa cidade, revezando-se nas vitórias: PSDB e PT. O PSDB começou vencendo com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nas eleições de 1994 e de 1998, mas perdeu para Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), em 2002 e 2006. Estamos falando das eleições em Salto e em 2014 Aécio (PSDB) venceu aqui Dilma Rousseff (PT) por 27.140 a 16.748, mas Dilma reagiu em 2010, vencendo José Serra (PSDB) em nossa cidade (e também no Brasil) por 25.917 a 21.660. Nesses pleitos até 2014 o PSDB foi à forra, vencendo para o Governo do Estado, em 2006, com José Serra e em 2010 e 2014 com Alckmin e neste ano tem chances com João Dória, que se aproveitou do fato de Bolsonaro não ter um candidato forte pra concorrer com ele. Para o Senado os dois partidos se dividiram: petista Eduardo Suplicy em 2006, tucanos Aloysio Nunes Ferreira em 2010 e José Serra em 2014. Vieram as eleições de 2018 e com elas o surgimento de “intrusos” que acabaram com a hegemonia dos dois partidos: para presidente um militar do PSL, que antes só havia disputado pleitos para a Câmara Federal, bateu recorde de votos para a Presidência da República: mais de 38 mil. Levou consigo um anteriormente quase desconhecido Major Olímpio, que venceu com folga para o Senado: mais de 27 mil votos, dez mil à frente da tucana Mara Gabrielle, deixando o favorito petista Suplicy lá atrás, com pouco mais de 11 mil votos. Sem contar os candidatos a deputado do partido do provável futuro presidente, que também arrancaram boa quantidade de sufrágios em nossa cidade. O ex-governador Geraldo Alckmin, que tantos benefícios proporcionou a nossa cidade nos seus 8 anos de mandato, obteve um apagado 4º lugar, com 4.901 votos, atrás de candidatos que pouco ou nada fizeram por Salto: Fernando Haddad e Ciro Gomes, com quase 9 mil e com quase 6 mil, respectivamente, além dos 38 mil de Bolsonaro. Efeitos do tsunami eleitoral, que atingiu Alkmin em cheio e deixou para trás partidos que antes pintavam e bordavam, sem serem incomodados pelos chamados “partidos nanicos”. O que o futuro nos reserva? O PSL de Bolsonaro se firmará e virá a superar em eleições futuras os ex-partidões PSDB e PT, ou será apenas uma lufada de vento, que poderá se transformar num furacão ou apenas numa passageira brisa, mas que deixou estragos possivelmente irreparáveis?

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