OPINIÃO

A importância do monitoramento

Não é de hoje que se anuncia a implantação do monitoramento eletrônico nas principais vias e logradouros públicos da cidade. Desde os dois primeiros governos de Geraldo Garcia, de 2005 a 2012, essa promessa vem sendo feita, prosseguindo na administração de Juvenil Cirelli, de 2013 a 2016, e continuando nos dois primeiros anos do retorno de Geraldo Garcia à Prefeitura de Salto. Na semana passada a municipalidade divulgou que contratou uma empresa para implantar 208 câmeras e alarmes em 40 prédios escolares da cidade, incluindo-se nesse total creches, pré-escolas e unidades dos Cemus, a um custo de 4 milhões de reais. O objetivo é combater o vandalismo e trazer mais segurança aos alunos, professores e funcionários, durante as 24 horas do dia. O monitoramento será feito de uma sala na sede da Secretaria da Defesa Social, podendo ainda ser acompanhado da sala do prefeito Geraldo Garcia. Trata-se de uma providência realmente necessária, mas, no entanto, isso não quer dizer que os prédios públicos terão sua segurança garantida apenas pelas câmeras. Há necessidade também de rondas com viaturas por parte da Guarda Civil Municipal e da própria Polícia Militar, pelas áreas onde eles se localizam, pois podem acontecer ações fora dos limites atingidos pelas câmeras, além de os praticantes de vandalismo dificultarem a identificação, cobrindo suas faces. Quanto ao monitoramento a ser instalado em toda a cidade, o secretário de Governo, Gilmar Mazetto, revela que o problema maior é a falta de dinheiro, além da burocracia. Burocracia é algo que pode ser resolvido, com empenho e disposição, mas falta de dinheiro é algo difícil de resolver, pelo menos nas atuais circunstâncias. A receita da Prefeitura tem melhorado nos últimos tempos, assim como a economia nos gastos, mas não é suficiente para que uma importância considerável seja aplicada na instalação de câmeras em pontos de grande movimento na cidade. Nesse caso, seria importante que pelo menos nas oito entradas e saídas do município fossem instaladas as câmeras, como foi feito em Indaiatuba, que paga mensalmente para uma empresa que instalou 45 câmeras em 17 pontos. Seria uma forma eficaz de se verificar chegadas e fugas suspeitas, possibilitando o esclarecimento de crimes, dentre eles, principalmente, o roubo e furto de veículos. Depois desses gastos com as câmeras nas escolas, vamos ter que aguardar.