OPINIÃO
Praça XV: severa fiscalização
Como não poderia deixar de ser, o prefeito Geraldo Garcia está seriamente preocupado com a repercussão negativa que a reconstrução da Praça XV de Novembro está provocando entre os munícipes. A grande maioria das pessoas entende que o trabalho nessa praça, que é a mais frequentada pela população saltense, não justificou o 1 milhão de reais gasto, verba provenientes do DADE (órgão de desenvolvimento das estâncias turísticas) e da Caixa Econômica Federal, representando o Ministério do Turismo. Nós também estávamos entre aqueles que acham que visualmente a reformulação não justificou o dinheiro gasto e expressamos essa opinião ao próprio prefeito. Ele, então, solicitou que a secretária de Desenvolvimento Urbano, Trabalho e Turismo, Anita de Moraes Leis, viesse até nossa Redação para dar as devidas explicações, pois foi através dela que o trabalho foi planejado e executado. A secretária, então, nos mostrou todas as planilhas e nos fez pelo menos três importantes explicações: 1 – a verba de 1 milhão e 20 mil reais estava disponível para ser utilizada desde 2013 (a da Caixa) e 2014 (a do DADE). Não se sabe por que não foi toda utilizada no governo de Juvenil Cirelli; 2 – Esse dinheiro deveria ser usado na reforma do Calçadão, mas a empresa que ganhou a licitação realizou a obra em apenas um quarteirão da Avenida D. Pedro II e desistiu; 3 – Para não perder a verba, segundo a secretária, a Prefeitura resolveu executar o trabalho no primeiro quarteirão do Calçadão, em frente à Praça XV (o que foi feito agora), aproveitando para melhorar também a situação da praça (que se situa na avenida) e que estava com muitos problemas de falta de manutenção (sanitários em péssima situação, falhas na iluminação, situação ruim do piso, falta de um palco para apresentações, falta de cobertura na área onde os aposentados jogam truco e dominó, etc.). O fato mais importante revelado pela secretária é que a Prefeitura está fornecendo todos os dados, referentes às despesas efetuadas, a cinco órgãos, três estaduais e dois federais. A fiscalização está sendo feita, no âmbito estadual, pelo Tribunal de Contas, que é muito severo na apreciação de gastos, além do DADE, que também é cioso, querendo saber onde e como foi aplicado o dinheiro disponibilizado, e do CREA, que verifica a execução do projeto. A Caixa Econômica, no âmbito federal, também age com rigor, tendo na retaguarda o Ministério do Turismo, do qual a verba foi originária. Portanto, como se nota, a coisa não é tão simples como as pessoas que fazem as críticas (dentre as quais nos incluímos) imaginam. Vamos aguardar o resultado da rigorosa fiscalização que está sendo feita e, se houver o apontamento de irregularidades, quem as praticou vai ter que pagar por isso. Caso contrário, se tudo está correto, vamos nos penitenciar e dar o devido valor ao trabalho executado.