QUEM FOI QUEM
Antônio Andrietta se destacou em diversas atividades na cidade
Existem pessoas que não se satisfazem apenas em exercer suas atividades profissionais, mas também ter uma atuação de destaque em diversos setores da vida de sua cidade. É o caso de Antonio Andrietta, um respeitável senhor que nasceu em Pedreira, S. Paulo, em 26 de setembro de 1916, mas se transferiu para Salto quando ainda contava 8 anos de idade (1924).
Com 15 anos de idade (naquela época podia), entrou na Brasital S.A., inicialmente na Fiação, passando depois para as seções de Enfardamento, Escritório Técnico e Tinturaria, nesta como contramestre, de 1941 a 1975, quando se aposentou. Continuou trabalhando por mais alguns anos na fábrica São Pedro, de Itu.
Outras atividades - Começou a participar de outras atividades ainda em 1941, quando foi líder sindical, militando no Sindicato dos Mestres e Contramestres da Indústria Têxtil de Salto. Em virtude de sua atuação nesse sindicato, foi convidado a fazer parte da Federação da categoria, em São Paulo, como 2º secretário, secretário e secretário geral, participando de congressos e seminários na capital, Rio de Janeiro, Brasília, etc. Nessa época apresentou teses de interesse dos trabalhadores, além de ter representado a Federação na Confederação da classe.
Foi um dos fundadores do Círculo Operário de Salto, em 26 de janeiro de 1946 e seu presidente até 1952, tendo, nesse período (junho de 1949) sido um dos fundadores do jornal O Trabalhador e seu diretor responsável por duas vezes em 18 anos (de junho de 1949 até junho de 1955 e de 12 de fevereiro de 1958 até 31 de dezembro de 1969). Na imprensa foi ainda correspondente do jornal Folha de S. Paulo, na década de 1950
Foi músico da Corporação Musical Giuseppe Verdi, de 1929 a 1938, ingressando na Corporação Musical Gomes-Verdi, que sucedeu a “Banda Italiana”, até 1943. Também atuou como músico e cantor do Coro da Matriz de Monte Serrat, de 1940 a 1950 e do Coral do Círculo Católico São Francisco de Assis por mais 20 anos, dez dos quais como regente. Aliás, participou do referido Círculo Católico, de 1928 a 1967, sendo seu presidente de 1953 a 1955.
Entrou para a Sociedade São Vicente de Paulo em 1940 e foi presidente de uma das conferências, a de Nossa Sra. da Conceição, desde sua fundação em 1947 até 1974 (27 anos) e presidente do Conselho Particular de Salto da Sociedade de São Vicente de Paulo, no triênio 1978/1981.
Foi sócio de diversas sociedades locais, como a Cooperativa Operária Saltense, Sociedade Saltense de Socorro Mútuo, Associação Atlética Saltense, Associação Atlética Avenida, Sociedade Cultural de Salto, etc, tendo participado de diversos movimentos cívicos da cidade.
Na política – Antonio Andrietta, inclusive, fez uma incursão no campo político, chegando a se candidatar ao cargo de vice-prefeito da cidade, em outubro de 1955 (o dr. Mário Dotta era o candidato a prefeito, que perdeu a eleição para Hélio Steffen por pequena diferença.
Graças a sua credibilidade e imparcialidade, foi convidado, em março de 1982 a fazer a mediação num debate com a presença dos possíveis candidatos a prefeito de Salto naquele ano: Eduardo Scivittaro, Josias Costa Pinto, Roberto Soleira, José Conral e Alcides Victorino de Almeida.
Família - Antonio Andrietta era casado com Amábile Martingnoni, desde junho de 1939, até seu falecimento, em 3 de janeiro de 1989. Com ela teve 9 filhos: Antônio Joaquim, Margarida, Mária Ignez, José Rubens, Maria de Fátima, Luiz Rafael, Camilo, Paulo Roberto e João Marcos.
Homenagem – Ele foi homenageado pela Comissão de Nomenclatura de Vias e Logradouros Públicos, que sugeriu seu nome para uma rua do Jardim São João, proposta aprovada e sancionada pelo prefeito municipal.